domingo, 12 de fevereiro de 2012

O Khaliji e o curso de formação em folclore

Lá vem eu fazer propaganda de curso oferecido pelo Estúdio da Elis Pinheiro, mas é que todos os cursos oferecidos lá são ótimos e de qualidade. E hoje iniciei o de Formação em Folclore com a Pricilla Samra: excelente!! Mesmo com pescoço dolorido, joelho doendo e cansada, valeu a pena me envolver com a aula e realizar as atividades.

A Pricilla consegue passar as informações de forma íntegra e pasmem... muita informação eu desconhecia ou aprendi errado. O que não é novidade quando o assunto é o folclore árabe. Por isso que decidi fazer esse curso, é uma das oportunidades de eu reciclar minhas informações, aprender mais e praticar, porque são danças que infelizmente não praticamos com muita frequência porém toda profissional de danças orientais tem a obrigação de conhecer, não digo dançar todas e sim conhecer e dançar as principais e mais populares. Então está ai mais uma sugestão e indicação de curso.




E afinal de contas o que é Khaligi?

Com origem no Golfo Pérsico, é dançada na Arábia Saudita, Kuwait, Emirados Árabes, Iêmen, Iraque, por homens e mulheres. No Egito há uma forma de representar essa dança, o que é criticada pelos árabes do Golfo por não transmitirem a essência. E isso não deixa de ser verdade porque a dança em si é muito diferente da praticada nos países de origem.

Usa-se movimentos de mãos, braços, pernas, cabelos, pescoço, ombros, quadril, e os pés marcam constantemente o ritmo, e o mais comum é o Soudi. Mas há vários outros ritmos assim como há vários tipos de Khaliji.

De acordo com Rossan, o soudi, de origem do Golfo, veio das marcações que um pescador fazia num instrumento de percussão para as crianças que mergulhavam para pegar pérolas não perdessem o próprio ritmo e estourassem os tímpanos. Porque elas tampavam o nariz com pedras, amarravam em torno da cabeça um pano, e mergulhavam no mar, e o ritmo servia como guia. Por isso que falam que é a dança das pérolas.

 Khalijy é o termo árabe para ‘golfo’, e também muito chamada de Samra/Samri. Ela é dançada na Arábia Saudita, motivo pelo qual é conhecida como Saudi. É às vezes chamada de dança do cabelo, pois ele é usado longo e solto, sendo jogado de um lado para o outro, em círculos e em oitos. A ênfase dos movimentos é no trabalho delicado do pé e do torso, além dos gestos de mãos. Há uma batida básica com o pé e variações de movimentos com o thobe (túnica) e com as mãos.

Esse vídeo é a Aziza arrasando num Khaliji bem tradicional:



 A roupa é um thobe largo e comprido (thobe nashal), com bordados e enfeites também chamado de galabia... que é usado somente para isso.  E depende muito do tipo de Khaliji... vamos ver isso?

Khaliji dos Emirados Árabes

É mais tradicional, com movimentos mais contidos e com o uso abundante dos cabelos. A Galabia é larga, mas também pode ser mais justa, o que nos dias de hoje é super comum. Há vários agachamentos, percebe-se nitidamente o ritmo na música e não há instrumentos eletrônicos e nem modernos nela.
Os homens dançam com o turbante branco mas os movimentos são com ênfase no pescoço, tronco e pés. Não há o “molejo de tronco” e muito menos o cabelo.

Olhem esse vídeo que interessante:



Khaliji no Iraque, o Moderno e o que está na Moda

Então é essa a dança folclórica da moda! Mas também é uma delícia! Não sabia dançá-la até hoje e adorei. E é bem diferente do que todas imaginam ou tem ideia do que é um Khaliji.

A galabia é justa, com fendas grandes no lado das pernas, parece mais um vestido de festa com poucos bordados. Os homens não dançam. Não há muitos movimentos de cabelo e o passo básico delas é bem diferente do tradicional pezinho na meia ponta atrás: marca frente e lado saltando – nessa dança saltamos muito, assim como exagera-se nos ombros e nos deslocamentos.

Nesse vídeo dá pra ver bem a diferença:



Outra curiosidade, no Iraque, essa dança serve para as mulheres arrumarem maridos, acontece que  as senhoras ficam sentadas e apenas as novas dançam, e estas aproveitam a oportunidade para fazer contatos ou se esibirem para as mais velhas, algumas responsáveis em arrumar pretendentes para os irmãos, pais, tios e etc, ou apenas indicar a moça.

Espero que essas informações ajudaram a elucidar ainda mais sobre o que é o Khaliji. Depois da segunda aula escreverei mais.

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Vamos viver o agora

Sempre a morte de alguém jovem e próximo a nós mexe com nossos parâmetros e com as nossas espectativas e aquela frase: Para morrer basta estar vivo - faz um super sentido.

Não sei como, quando e nem que forma que a bailarina de dança de salão, mais especificamente a Bia Siniciato desencarnou, só sei que convivi com ela mais ou menos um ano no Espaço Nakazone, e que essa notícia mexeu comigo.

A gente espera um velho morrer mas nunca um jovem, e mais ainda um jovem cheio de vida, lindo, ativo, com bom coração...

Ai penso:

Não vale a pena perder o seu tempo com problemas, brigas e ressentimentos.


Com tristeza então... nem pensar


Ainda mais trabalhando altas horas ao invés de brincar com seu filho ou andar na rua e pegar um cinema


Ou simplesmente ver a noite chegar...


Nunca deixar o que deve ser feito para amanhã, deve ser o nosso lema


Não deixar de amar, de perdoar, de alegrar, de ajudar, de fazer o bem e mais ainda...


de viver!


O tempo passa muito rápido, não deixemos a nossa vida fluir como  um flash


Não vale a pena!


Mais vale aproveitar cada segunda da nossa vida com ações boas


e bons pensamentos


Ao invés de reclamar e amaldiçoar


Vamos tirar um tempo para fazer aquilo que gostamos?


Para aquela viagem dos sonhos?


Ou para aquela mudança de cidade, estado ou simplesmente uma reforma na casa?


Um tempo para as pessoas que amamos


Nunca deixe para fazer algo amanhã


Por que a vida passa muito rápido


E não temos certeza de nada


Muito menos se amanhã continuaremos vivos.


Zahira Nader