quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

Os pés e a dança

Antes de escrever, me perguntaram sobre a Desaceleração no condicionamento físico. É nada mais, nada menos, que irmos desacelerando o que estávamos fazendo. Exemplo:

- Na dança, depois de um esforço tremendo, e muitos minutos dançando, nós não devemos parar de uma vez, e sim, andar bem rápido na sala, para que não ocorra uma parada cardíaca. No balé, isso é super natural.
- Outra, na educação física, após uma corrida o professor (a) não pede para caminharmos bem rápido até desacelerar o coração?

É isso! Cuidados para não prejudicarmos o nosso corpo, quando estamos em atividades físicas. Porque afinal desejamos saúde não é mesmo?


Mas hoje quero falar da importância dos nossos pés. Não sou fisio, portanto de eu escrever bobagens podem corrigir e se houver algo acrescentar, fiquem a vontade.

Todos sabem que eles carregam toda "nossa bagagem", ficam cansadinhos, nos sustentam, tem todas as partes do nosso corpo neles e que basta aquela massagem..., e aquele escalda pés... para ficarmos novinhos em folha. Isso está mais que comentado.

E qual a relação deles com a dança? Eles possuem uma relação muito importante não só com a dança, como também com o nosso dia-a-dia.

Reparo que muitas vezes as mulheres não conseguem equílibrio, nem girar e nem sustentação, nas aulas, porque pisam errado. E esse pisar errado prejudica a Tíbia ou a Fíbula, depende da maneira que se pisa, que são ossinhos das pernas, e claro, a nossa coluna. Estamos falando dos ossos do membro inferior ok?



Focarei o assunto na forma de pisar e na forma certa de andar, e de dançar. No balé sempre me ensinaram que devemos deixar a planta do pé inteira no chão, equilibrar nosso peso em três pontos e na 1/2 ponta, deixar todos os dedos no chão e sentir todos os cuneiformes, porque serão eles que sustentarão nosso peso.



Busca-se o equílibrio no pé através do calcâneo e dos ossos cuneiformes.


Os pés não podem tender pros lados externos nem pros internos. É só ver como estão as solas dos sapatos, para verificar se há um desvio, que podem ser:

A pisada neutra - ocorre um rolamento uniforme do calcanhar ao antepé, formando uma pegada completa.

A supinação - o pé usa o lado externo do calcanhar e mantém o movimento apoiando-se apenas na borda externa, até a elevação do dedinho (pisada para fora).

A pronação - o pé apóia o lado externo do calcanhar e se move moderadamente ou acentuadamente para dentro, até a elevação do dedão (pisada para dentro).

Problemas? RPG soluciona.

A Reeducação Postural Global (RPG), um método de tratamento fisioterapêutico das desarmonias do corpo humano, com uma abordagem corretivo-preventiva, fundamentado na biomecânica moderna e neurofisiologia. Leva em consideração as necessidades de cada pessoa, já que todo organismo reage de maneira diferente às agressões sofridas. Foi criada durante anos por Philippe Emmanuel Souchard na década de 70 a partir de observações feitas por Francoise Mezières sobre as cadeias musculares. Reeducação Postural Global (RPG) é um método francês de tratamento fisioterapêutico.

O legal é que o RPG visa o aumento da elasticidade dos músculos da cadeia estática. Dessa forma é possível modificar a estrutura óssea, restabelecendo-se os espaços articulares e a boa morfologia.

Vamos cuidar bem dos nossos pezinhos porque eles são muito importantes para a nossa dançar ser cada vez mais linda. Fontes:
Atlas de Anatomia Humana - Neivo Luiz Zorzetto - ed. IBEP
http://www.rpg.com.br/oquerpg_pagina.php
http://www.boapostura.com.br/nosso_corpo/nosso_corpo_tp.html
http://www.escoladepostura.com.br

sábado, 24 de janeiro de 2009

A história das coisas

Como esse blog é democrático e viso discutir não só dança como outros assuntos importantes, nada melhor do que assistir esse vídeo excelente. O assunto está desgastado, porém vale a pena ver, refletir e mudar nossas atitudes.

Já discuti esse assunto por aqui, e é algo que desde muito tempo penso e da minha maneira, procuro mudar meu jeito de viver, como:



_Comprar o que é relamente necessário, se a coisa funciona ou tem conserto, então não a descarto.

_ Não ir na onda da moda ou da publicidade.

_ Reciclar a maioria do lixo possível.

_ Reaproveitar materiais.

_ Usar uma sacola no supermercado, invés de usar mil sacolinhas.

_ Alimentar-se com produtos naturais, alimentos plantados em casa (aqui temos horta e frutas).



E qual é a história das coisas? Vejam o filme que vale muito a pena.



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quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

Roteiro básico para montar coreografias

Recebi esse texto por e-mail e achei muito bacana por ser simplificado, e resolvi postar por aqui, mesmo querendo escrever sobre outra coisa, acredito que será útil. Ele é mais voltado pra outras formas de dança, mas existem informações fundamentais para nós bailarina de dança do ventre, principalmente, para quem quer fazer eventos, montar grupos e etc.



Montar Coreografia: Não é tão difícil como você pensa!

No começo, montar a primeira coreografia parece ser assustador.
Alta tensão situações como esta pode fazer com que você duvide de sua capacidade de liderar uma equipe e poderá torná-lo inseguro sobre o seu ensinamento da técnica.
É difícil ser criativo e inspirador quando os nervos estão à flor da pele e dúvidas cruéis se instalam.

Aumente o volume e movimente-se!



Então, como você age diante disso?
Tornar-se uma pilha de nervos e começar a trabalhar?
Não pense assim, apenas dance e faça o que você sabe!
Torne-se um coreógrafo e dançarino, uma vez que deseja compartilhar conhecimento criativo. Isso parece simples, é simples, e é o melhor conselho que eu posso compartilhar com você.

A primeira coisa que eu gostaria de fazer é imaginar a rotina da dança dentro da idéia abordada. (Crucificação, Ceia, Nascimento, Páscoa, Café da Manhã, Tomando banho, Andando na rua, na rave, no trem, solidao, Dormindo, Festa e etc.) Imagine uma grande "cena" em vez de se preocupar com movimentos individuais. Quando a equipe ou cia de dança realiza este movimento, isso poderia ser fabuloso na visão da platéia. Assim, é melhor concentrar-se no objetivo geral que se pretende alcançar.

Uma vez que você tenha retratado essa rotina dentro da idéia abordada, é hora de começar a fazer uma pequena dança combinada. Escolha uma música que se familiarize com esta rotina e a dança ensinada, mas faça alterações para todos os movimentos até chegar no objetivo esperado. Quebre todos os movimentos e faça deles novos movimentos, tudo isso tem que estar dentro do tempo da música. Na coreografia não pode sobrar tempo.
Este pequena experimentação irá ajudar você a desenvolver a idéia.

Mudanças

Por exemplo, mudar a direção de todos os movimentos para diversos ângulos e pressões dos movimentos. Em vez de mudar os movimentos de direção para direção, mude também o nível (alto, meio e baixo), a linha (reta, diagonal, quadrada, redonda)
Marque alguns movimentos por aspectos, para que a platéia possa identificar a cena.

Exemplo: Na Crucificação, um movimento para identificar a cena seria as marteladas nas mãos de Cristo.
Na Páscoa, um movimento de elevação ou de se erguer do chão.
Na Festa, Movimentos explosivos e impactantes como saltos.
Todo o seu corpo tem que estar na dança, não somente os braços, você também tem o seu tronco, as pernas, o pescoço, os dedos, os olhos, tudo isso tem que fazer parte da coreografia.



Você precisa mostrar alguns momentos marcantes na coreografia, movimentos que as pessoas vão se lembrar pro resto da vida. Algo diferente e inovador.

Uma dica: Para montar uma coreografia com movimentos marcantes e inovadores é simples, a base de tudo esta na espontaneidade, peça para um amigo dançar pra você olhar e a partir disso você poderá achar alguns passos que com certeza irão ajudar muito. Ou até mesmo você pode dançar e achar novas perspectivas.

Depois de criar a idéia e colocar movimentos nela, passe a peneira nos movimentos que não estão encaixando na coreografia e coloque outros movimentos, isso pode levar tempo, mas o trabalho final é satisfatório e de excelência.

Peça a opinião de um colega que também dança para fazer todo esse processo da peneira.
Para encaixar os movimentos na música primeiro você precisa quebrar a música, se possível divida a música em quatro partes para não ficar o vai e vem no aparelho de cd.

Vá encaixando a coreografia no primeiro pedaço da música e assim sucessivamente.
Na introdução vamos contar as batidas (ritmo),(1, 2, 3, 4, 5, 6, 7 e 8). Esses são os "oitos" da música, para cada número um movimento. Crie essa seqüência de oito movimentos, isso facilitará muito.

Exemplo: Introdução 2 x 8, isto significa que na introdução da música temos dois conjuntos ou medidas de 8 batimentos, somando 16.

Estrofe 1 = 4 x 8
Coro = 2 x 8
Estrofe 2 = 4 x 8
Coro = 2 x 8
Intervalo/ponte = 3 x 8
Coro = 2 x 8
Final = 1 x 8

Depois de montar a coreografia você deve decidir onde colocar a
coreografia bloco (grupo todo), os cânones (coreografia em que um move-se após o outro, como o movimento de um dominó), os solos (sozinho), as mudanças de formação.

Então vamos montar:
Estrofe 1 = 4 x 8 Solo
Coro = 2 x 8 Bloco
Estrofe 2 = 4 x 8 Cânones
Coro = 2 x 8 Bloco
Intervalo/ponte = 3 x 8 Mudança de Formação
Coro = 2 x 8 Cânones
Final = 1 x 8 Solo
Você pode colocar a coreografia em qualquer seção.
Comece a coreografia com o grupo de movimentos mais fáceis e deixe os difíceis para o meio e o intervalo.
Ensaie repetidamente cada seção e no fim do ensaio passe toda a coreografia.

Trabalho de Casa?

As vezes é muito difícil terminar uma idéia de coreografia.
Por isso quando estiver em casa preste muita atenção em casa movimento que acontece ao seu redor. Observe o modo como toma banho, como anda, como pega um objeto, como faz exercícios, como fala com as pessoas, tudo isso te dá uma noção do que fazer e surgem inúmeros movimentos. Eu por exemplo, já tive idéias de movimentos tomando banho, caminhando na rua, no ônibus. A inspiração vem em qualquer lugar. Esteja preparado!
Com o tempo você adquire confiança e competência em fazer as suas coreografias. Experimente movimentos individuais e em grupo, faça algo inovador. Não restrinja nenhum movimento.

Algumas Dicas


Montar uma coreografia pode levar algum tempo, então quando for ensaiar algo, leve a coreografia montada, pois você vai perder um precioso tempo de ensaio tendo que montar uma Rotina/idéia.

Quando a coreografia estiver pronta e ensaiada peça para alguém ou você mesmo verificar a harmonia e sincronismo. Você pode também filmar o ensaio e depois ver os erros para poder acertá-los posteriormente.

Para a aprendizagem de uma coreografia em seu processo construtivo é necessário que todos estejam "ligados" em cada palavra do coreógrafo.

Bom, espero ter ajudado você a montar a sua coreografia!

Texto de Leonardo Ribeiro Araujo

terça-feira, 13 de janeiro de 2009

Condicionamento físico pra dança

Você já sentiu um baita cansaço depois de uma apresentação? Dores no corpo após longas horas de ensaio, treino ou um sábado inteirinho de aulas? Foi fazer uma caminhada, nadar e ficou acabada? Hum... seria certo dizer que você precisa melhorar seu condicionamento físico?

Nós que já trabalhamos com um exercício físico, que no caso é a dança, por si só já estamos falando de um tipo de exercício aeróbico que ajuda, e muito, no condicionamento físico das pessoas. A dança além de queimar calorias, como todos sabem, fortalece músculos, dá ritmo, noção espacial e etc.

Mas o ponto que desejo discutir agora é o corpo da bailarina, precisamos estar atentas a muitas coisas, ter um corpo preparado para suportar muitas coisas e ainda aguentar o ritmo do nosso dia-a-dia.

Primeiro vamos definir o que seria condicionamento físico:
É a capacidade de realizar atividades físicas. Para tornar-se e manter-se condicionado, os indivíduos devem exercitar-se regularmente. Os exercícios fortalecem o coração, permitindo que ele bombeie uma maior quantidade de sangue em cada batimento.

E conhecendo mais a fundo nosso corpo temos também a aptidão física: é a capacidade dos sistemas do organismo (coração, pulmões, vasos sanguíneos e músculos) de funcionar de modo eficiente para resistir a doenças e ser capaz de participar de várias atividades sem se cansar excessivamente.

Além da dança, existem outras atividades físicas que ajudam a fortalecer o nosso corpo, deixando ele esteja pronto e no ponto, para evitar lesões e tirar o máximo de aproveitamento nas apresentações.

oRoteiro básico:

1. Aquecimento: prepara o sistema cardiovascular para o exercício.
2. Alongamento: para assegurar a amplitude articular máxima.
3. Exercícios de força.
4. Treinamento de resistência.
5. Atividades específicas do esporte: para automatizar as tarefas motoras específicas de cada esporte
6. Desaquecimento.
7. Técnicas de relaxamento: para recuperação da fadiga e redução do estresse.

E os exercícios recomendandos para nos ajudar ainda mais na nossa profissão são:

1. Corrida
2. Caminhada
3. Musculação
4. Natação
5. Yoga
6. Ciclismo
7. Pilates

Particularmente, eu, faço sequências e exercícios de balé e adoro correr, tudo isso acompanhado de um belo alongamento e dos batimentos cardíacos, tudo de forma bem rotineira. Quando posso vou ao clube nadar, mas não forço porque tenho facilidade de ganhar massa muscular. E percebo uma diferença do antes e depois dessas atividades na minha vida de bailarina. É uma diferença positiva e essencial.

fontes:
http://www.scf.unifesp.br/entradaprincipal.htm
http://www.lincx.com.br/lincx/saude_a_z/por_vida_saudavel/condicionamento.asp

quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

Marley & Eu

" Um cão não precisa de carros modernos, palacetes ou roupas de grife.
Símbolos de status não significam nada pra ele.
Um pedaço de madeira encontrado na praia serve.
Um cão não julga os outros por sua cor, credo ou classe, mas por quem são por dentro.
Um cão não se importa se você é rico ou pobre, educado ou analfabeto, inteligente ou burro.
Se você lhe der seu coração, ele lhe dará o dele."


John Grogan - Marley & Eu


É claro que fui ver esse filme, lindo, fofo, engraçado e emocionante - muitas mulheres sairam com o rosto inchado e eu fui uma delas.
Tenho o livro,inclusive só o li depois de comprovar que era mesmo best seller, e o filme não é igualzinho a ele, mas é bom, mostra o amor e a lealdade de um labrador anormal por uma família e esta por ele.
Eu sou apaixonada por cães, já tive 3 poodles, dois morreram com a gente, e tenho uma poodle e um labrador. E não querendo me gabar, sempre sonhei e desejei muuuuito ter um labrador, e quando a ganhei a Sandy, ela nem sonhava que já era amada. E labrador é tudo de bom! Uma raça maravilhosa! Leais, amorosos, inteligentíssimos...

Ela dá a pata, rola, deita, senta... só não anda no meu lado, adora me fazer correr, adora fazer festas, pular na gente, coitada não tem noção do seu tamanho... mas até me defender ela já o fez... não quero nem imaginar minha vida sem ela.

A história me fez recordar do meu primeiro cachorro, que morreu com apenas 1 ano de enfarte, ele nasceu com problema no coração. Eu tinha 9 anos e sofri demais, porque ele era demais. A primeira vez que vi meu pai chorar foi por causa dele, é mole? O que um bichinho não é capaz de fazer com a gente!

Pra quem ama, curte e adora animais, vai amar o filme, e prepare-se: leva um lencinho porque ela traz muitas emoções. Você vai chorar, vai rir, ou quem sabe, vai achar tudo bobo. Abaixo, segue a foto da minha fofa, que está na praia e eu morta de saudades: Sandy - o melhor cão do mundo!

quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

Primeiro em 2009, escrito a algum tempo atrás

Que loucura que está este blog, eu postando coisas que escrevi dias atrás, como já disse, escrevi em viagem e não tinha internet. Mas é isso ai, e esse é o último deles.

1 de janeiro de 2009

Primeiro dia de 2009 e nada mudou... a virada passei ao lado dos meus pais, pisando na areia, olhando os fogos que duraram 20 min (milagre), e refletindo muitas coisas que já passram em minha vida. Reflexão + gratidão. A praia pra mim é mais que curtição, é renovação, é vida, é paz, me sinto muito bem aqui!
Todos nós queremos muitas coisas boas, a realização dos sonhos, prosperidade e muita saúde. Merecemos tudo isso! Creio nisso, mas dessa vez, ao pular as ondinhas quis coisas mais simples, e que farão toda diferença em minha vida. Rezei e agradeci muito pela vida que tenho, agradeci e pedi que continue assim porque está bom, e o resto virá com certeza, só depende de mim.
Ainda estou na praia e volto amanhã pra Caieiras, pronta pra colocar alguns assuntos em dia rsrsrs.
Feliz 2009!

terça-feira, 6 de janeiro de 2009

A parte 2

Dia 28 dez 2008-12-28

A parte 2

Dicordar daquilo que já foi dito


Ainda na praia...
Do grande Nelson “A unanimidade é burra” – sempre prefiro discordar das minhas próprias idéias, acho que o Machado de Assis também já disse isso, bom... nunca me comparando à ele mas sou assim, gosto de dar margens às idéias e pensar em todas sem preconceito.

Falei sobre o que seria arte ou não e vamos analizar o nosso objeto de estudo: a dança do ventre (não pensarei na dança contemporânea). Ela pode ser sim, arte e um comércio ao mesmo tempo. Como? Vamos lá...

O público alvo são as pessoas que ao pagar ou irem para um evento desejam se divertir e ver uma boa apresentação. Acredito que qualquer uma de nós ao dançar deseja ser querida e aprecisada, melhor: fazer as pessoas curtirem seu show – esse fator já é o suficiente para transformar a nossa num comércio.

O estilo é aquele que agride ou agrada? Preocupação em fazer bonito, colocar passos novos de dança clássica, jazz e etc, porque são lindos de verem – não sou contra a isso, pelo contrário, sou assim, mas agora focalizo mais no quadril e menos nas pernas rsrs.

E mais outra, todo mundo quer ganhar dinheiro, viver bem, viajar, estudar, ter a casa própria... se vivemos de show e de aulas, temos que ter o bom marketing pessoal e uma linda apresentação para não ficarmos a ver navios.

Esse negócio de artista passar fome, de não conseguir vender sua arte e etc, é para aqueles que escolhem essa vida. Claro... não radicalizando, mas o que quero dizer que é possivél sim termos nosso estilo, ficarmos felizes, fazer o público feliz com a nossa dança e ainda ganhar o merecido por ela.

Basta alguns passos: dedicação, estudo, humildade, planejamento, bons pensamentos, ter clara a idéia do que você quer, auto confiança e... não sei mais!! Se alguém souber de mais pontos legais pode falar, que fico por aqui!

segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

O que é arte e o que não é?

Dia 25 dez 2008-12-25

Estou eu aqui na praia e com a cabeça em outros lugares, mas são nesses lugares e momentos de descanso que me dão inspiração... e claro, trouxe comigo alguns dvds de dança pra assistir. O tempo está ajudando porque aqui está a maior chuva.

Vamos lá: Quando a arte deixa de ser pura arte pra ser comercial?
_A dança pode ser comercial?
_O que é arte?

A terceira pergunta é a mais difícil de responder, o que seria Arte? O artesanato não tem o mesmo valor que um outro objeto único e com seu próprio estilo. Van Gogh tem seu valor, mas o cara da esquina, aquele que pinta no azulejo, não.

È simples, falarei de apenas um argumento: quando passamos a fabricar em série, isso torna o objeto comum, porque ele é feito com o propósito de vender. É criado para agradar, para vender, para decorar... e nem sempre a Arte foi criada (é criada) com esse propósito. O artista se preocupa em passar (ou não) sua mensagem, seu recado e preocupa-se em ter um estilo próprio que pode agradar ou não às pessoas. Muitas vezes conseguem fazer as duas coisas: decorar e falar.

Isso acontece com a dança também, Carlinhos de Jesus é o máximo porém ele próprio se intitula de: Sou um bailarino de show, de palco – diferente do Jaime Arôxa. E nós bailarinas de dança do ventre, paramos pra pensar nisso?

Assisti agora mesmo as Bellydance Superstars in Monte Carlo e As Super Noites do Hárem vol.4, por causa de algumas discussões que rolavam pela net e enfim, não tem como agradar gregos e troianos, mas consigo ver certas diferenças.

Eu dava aula num lugar onde a preocupação com a Estética da dança era excessiva, ela tinha que ser totalmente comercial. E o pior é que se exigia expressão, sentimento mas... EU (pelo menos eu) travava e percebia que minha expressão ficava falsa. De vez em quando me sentia como uma marionete, uma boneca sem vontade. Eram fatores que iam contra os meus prícipios artísticos e para mim dança do ventre não era (não é) daquela forma, e ela é bem diferente das outras formas de danças.

Não consigo dançar sem sentir. Se estou triste, faço cara de feliz mas a minha dança dirá que estou triste. Por que não dançar simplesmente pelo prazer de dançar? Quando a técnica e a preocupação em fazer o SHOW, se tornaram mais importante do que meu corpo e minha alma querem fazer no momento em que eu danço?

Pelos videos, como é lindo ver a Jade, a Munira, a Lulu dançarem à vontade delas. Com técnica, beleza, alegria, prazer... dá pra sentir o prazer com que elas dançam! Isso faz toda a diferença e o público sente viu? E das BDS gosto mesmo da Jillina e da Saida, delas consigo tirar movimentos legais, criativos e se estão inexpressivos, basta eu colocar sentimentos neles e mandar ver. Mas elas são o próprio show, com lindos cenários, e uma super produção. Não tiro o mérito delas, porque foram as únicas a lotar teatros para apresentar um show de dança do ventre.

É isso por enquanto... esse tema oferece muuuuuitas discussões e estamos aqui pra isso, escrevam! Fiquem à vontade!

domingo, 4 de janeiro de 2009

Filminhos com pipoca e bem acompanhada

Hello habibas, novo ano e novos posts. Estava na praia, como todo ano, e lá fico isolada, ilhada e sem internet. Por incrível que pareça, levei meu notbook e escrevi alguns textos, assiti uns dvds e estudei dança. Mas descansei também, curti a praia, o sol, o mar... delícia! Lá renovo todas minhas energias e sinto-me muito bem.

Então, nesse dias postarei textos que foram escritos a alguns dias atrás. Só o de hoje que é um complemento do que já escrevi. Aproveitando o gancho do filme que passou na Globo, farei uma seleção de filmes com damça ótimos para serem assitidos com pipoca e uma bela companhia.

*Post escrito em 2 de janeiro de 2009

Quem viu o Dança comigo? Ontem na Globo? É fofo demais esse filme não? E acredito que todos os amantes de dança são apaixonados e viciados nos bons filmes de dança, por isso selecionei alguns:

1 – Dança comigo?
Adoro esse, é lindo, envolvente, não pelo ator rs mas pela história: John tediado com sua rotina e infeliz procura uma mudança em sua vida. E pela janela do trem vê Paulina, uma linda professora de dança e vai fazer aulas para se aproximar dela. Porém, nisso descobre o prazer de dançar e de viver... e não esqueçamos da versão japonesa de 1996.



2 – Vem Dançar
Também adoro esse, ele é um bom exemplo de como a dança pode beneficiar uma comunidade e mudar vidas, além de ter cenas do Banderas de tirar o fôlego: Um dançarino profissional passa a dar aulas em uma escola pública, criando com seus alunos um novo estilo de dança.



3 - O sol da meia noite
Esse é um clássicão com nada menos que o Mikhail Baryshnikov (meu ídolo): Nikolai Rodchenko (Mikhail Baryshnikov) é um bailarino da União Soviética exilado nos Estados Unidos que é aprisionado pela KGB quando seu avião sofre uma pane e pousa em território soviético. Lá tem contato com um bailarino americano, que desertou do exército na época da Guerra do Vietnã, foi morar em Moscou e está casado com uma russa.



4 – Flash Dance
Mais um clássico dos anos 80: Uma jovem não mede esforços para se tornar uma bailarina, trabalhando durante o dia e praticando à noite em uma discoteca. Dirigido por Adrian Lyne (Atração Fatal) e com Jennifer Beals no elenco. Vencedor do Oscar de Melhor Canção Original.



5 - Dirty Dance
Com vocês o clássico do clássico: Dirty Dance. Quem não assistiu e não amou esse filme? Muito legal né? É sobre uma garota em férias com a família se apaixona pelo instrutor de dança do hotel onde estão hospedados. Porém, o ritmo quente da dança faz com que seus pais censurem o romance. Com Patrick Swayze e Jennifer Grey. Vencedor do Oscar de Melhor Canção Original.



6 - Dança da Vida
Um domumentários sobre os bailes da terceira idade. As percepções de diversos grupos de idosos sobre sua sexualidade, seus hábitos e os lugares que freqüentam, além das reflexões e questionamentos que surgem nesta fase da vida.




7 - Dançando no Escuro

Não é bem um filme de dança, mas é uma versão dramática do sonho americano, por isso é com muita música e dança, um musical trágico. Com Bjork que adoro muito, e outros bons atores, conta a história de uma mãe que está ficando cega, que sonha em cantar num musical americano, mas trabalha pra pagar a cirurgia do filho, para ele não ficar cego como ela. É bom... mas muito depressivo, eu mesma não tenho mais coragem de assiti-lo.



8 - Baila Comigo
Esse ainda não vi, mas vou alugar logo: Um viúvo recebe de um homem à beira da morte o pedido que entre em contato com seu antigo amor de infância. Ele acaba encontrando-a em uma escola de dança. Com Robert Carlyle, Marisa Tomei, Danny DeVito, John Goodman, Mary Steenburgen, Sônia Braga e Sean Astin.



9 - Bily Elliot
Esse é lindo! Super sensível, bem feito e mostra como é importante sonharmos e nunca desistir dos sonhos: Um jovem de uma pequena cidade da Inglaterra passa a treinar balé escondido de sua família, mantendo sempre o sonho de se tornar um grande bailarino quando crescer. Recebeu 3 indicações ao Oscar.



10 - No balanço do amor
Um filme fofo que mostra como é bom nós somarmos valores culturais, aprendermos sempre e viver sem preconceito: Uma adolescente usa a dança como refúgio de suas desilusões e solidão no novo bairro em que vive, até que conhece um jovem que compartilha a mesma paixão pela dança que ela possui. Com Julia Stiles e Sean Patrick Thomas.