sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Novas Turmas

Na Clínica de Estética Maglar

Novas Turmas de Dança do Ventre às quartas -feiras das 20h às 22h

rua Francisco Cruz, 573 Vl. Mariana, tels. 2053-9040 / 5084-2929 / 9987-6141


E no meu Estúdio em Caieiras


Novas turmas de alongamento, jazz, flamenco e dança do ventre

Segunda: 18h30 - 20h
Terça:
15h30 - 17h para as crianças / 17h30 - 1830 - jazz
Quinta:
17h30 - 18h30 - jazz
Sexta
: 15h - 16h alongamento / 20h-21h30 - flamenco
Domingo: 11h40 - 12h40 Biodança

Mais informações no meu Site
Rua João Dártora, 24 Centro - Caieiras - 4445-4274



sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Emad Sayyah

Amo essa música de paixão. Acho forte, envolvente, apaixonante e rica em ritmos, detalhes, melodias... um dia dançarei ela!

E nada melhor que a interpretação da Carlla Sillveira e a da Kahina. Duas linguagens, leituras musicais e interpretações diferentes, mas duas ótimas referências.

Deleitem-se meninas com os videos! Vale a pena.




sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Ser ou não ser magra?

Bailarina é sinônimo de magreza, leveza, sacrifícios, dedicação e diciplina. Eu mesma quando dançava balé, comia apenas uma maça no dia inteiro. É isso mesmo, num dia inteirinho ficava apenas com uma fruta: neurose total. Era magra, mas fui reprovada no Municipal por ter quadris largos.

Pois é: eu nasci com ossos grandes, largos, coxona, bundona... a típica brasileira. Só gostava do tronco, porque nunca tive barriga e não tenho seio - ai pensava: Por que o restante não é assim também? Me olhava no espelho me achava uma baleia, mesmo estando magra e foi por Deus não ter contraído uma doença grave naquela época.

E agora pergunto: Como vocês se enxergam? Todo mundo que dança precisa ser magra?

Hoje ser magra (o) é ser saudável, antes de mais nada, e claro, é estar nos padrões de beleza. E para ser uma profissional de dança, na minha opinião, é necessário ser magra, sim, precisa estar em forma e com tudo em cima.

E pra dança do ventre? Não mudo a minha opinião, precisamos estar em forma e bem conosco, respeitar nossos limites e nosso corpo. Eu nunca terei um corpo igual a de uma modelo, porém, adoro ele do jeito que é, e me cuido pra não engordar e nem ganhar celulites, estrias e etc.

Porém... a dança do ventre transforma, faz despertar a Mulher verdadeira escondidinha em todas nós, muda nosso corpo e nossa mente, faz com que nos amamos do jeito que somos, e dessa forma, os respeitando, também cuidamos da nossa saúde de forma integral.

Para quem não é profissional, antes de achar as respostas de Ser ou não ser magra? - DANCE!

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Vai um suco? A sua saúde agradece

Todo mundo sabe quanto é importante termos uma alimentação saudável, rica em fibras, sais minerais, vitaminas, água e etc, ou seja, é sinônimo de equílibrio. Quanto mais "colorido" for o seu prato melhor!



Confesso que ando me alimentando muito mal, por isso que andei pesquisando algumas alternativas facéis, gostosas e rápidas de preparar. Nada melhor que um bom suco ou vitamina, as pílulas polivitáminicas são boas também, mas nada substitui uma boa alimentação.



De acordo com a Patrícia Davdson, precisamos comer de 3 a 5 porções de frutas toos os dias para o nosso organismo funcionar perfeitamente. E olha que coisa legal, ela diz que podemos incluir no nosso cardápio: sorvetes, geléias e frutas secas. Huuuuum, sorvete... rs.



Mas ela alerta, os sucos:

  • Não devem ser coados, porque perde-se as fibras;
  • Devem ser naturais;
  • Ingerir logo após, principalmente os com a vitamina C, que rapidamente se dilui;







Então vamos lá, essas são algumas receitas indicadas pela nutricionista Patrícia Davdson, com alto grau nutritivo e com uma combinação de ingredientes funcionais:





1) Suco anti-celulite



Ingredientes


- 1 colher de sobremesa de salsa

- 1 pires de chá de couve manteiga crua

- 1 fatia média de abacaxi

- 350 ml de água de coco

- 3 folhas de hortelã

- ½ limão para suco



Modo de preparo

No dia anterior ao preparo do suco, coloque a água de coco em forminhas para gelo e leve ao congelador. Para preparar o suco, bata bem no liquidificador a água de coco, a couve e a salsinha. Acrescente o abacaxi, gotas de suco de limão e hortelã. Bata até ficar bem homogêneo. Adoce, caso seja necessário. Se preferir, substitua o abacaxi por melão.



Patrícia explica que a mistura de antioxidantes e verduras é potente para reduzir a inflamação típica da celulite. De acordo com ela, as verduras garantem maior desintoxicação, o limão contém vitamina C e limoneno, ambos com atividade antiinflamatória, garantindo uma pele mais lisa. O potássio da água de coco evita a retenção de líquido, outra característica do processo inflamatório. A receita ainda colabora na recuperação das células e dá mais viço a ela, melhorando o aspecto de casca de laranja.



2) Metabolismo acelerado



Ingredientes

- 1 colher de sopa de mate solúvel

- 1 copo de 200 ml de água

- ½ maçã sem semente

- ½ mamão papaia

- 1 banana prata

- ½ copo de 100 ml de leite de soja

- Gelo a gosto



Modo de preparo

Bata todos os ingredientes no liquidificador e sirva gelado.



Por ser um suco protéico, a bebida é energética e estimulante, garantindo que o metabolismo funcione a todo vapor. Segundo a nutricionista funcional Patrícia Davidson, a presença do mate na receita faz o suco interessante para as manhãs, já que garante mais disposição para o dia. A especialista aconselha a preferir o mate solúvel em vez do industrializado apresentado em copinhos, pois o primeiro é isento de aditivos químicos. Os aditivos, quando consumidos com regularidade, influenciam no metabolismo, tornando-o mais lento.



3) Desintoxicante



Ingredientes

- 1 copo de 300 ml de abacaxi em cubos

- 1 colher de sopa de raspas de casca de limão

- ½ colher de sobremesa de gengibre fresco ralado



Modo de preparo

Bata todos os ingredientes no liquidificador e sirva.



Os componentes do abacaxi, como vitaminas do complexo B, ácido pantotênico e vitamina A, fazem a fruta ser energética. Além disso, o abacaxi tem efeito antiinflamatório, diurético e digestivo, graças a uma substância encontrada em seu miolo, a bromelina. Já a casca do limão e o gengibre contêm substâncias antioxidantes, tendo funções antiinflamatórias. Quanto maior for a expulsão de toxinas do organismo, mais disposição física você vai notar. Outros benefícios percebidos são pele mais firme e intestino funcionando em ordem.



4) Suco para pele dourada e hidratada



Ingredientes

- ¼ de uma cenoura média crua

- ¼ de um mamão papaia médio

- ½ limão médio para suco

- 1 colher de sobremesa de semente de linhaça dourada

- 1 colher de sobremesa de gérmen de trigo

- 1 colher de sobremesa de farelo de semente de linhaça dourada

- Água



Modo de preparo

Bata todos os ingredientes e sirva.



O mamão papaia e a cenoura se destacam por serem ricos em vitamina A, nutriente capaz de recuperar e regenerar o tecido celular. Fundamental também para a saúde dos cabelos e unhas. Além disso, a receita contém grandes quantidades de vitamina C e flavonóides, que entram em ação contra os radicais livres, protegendo a pele dos efeitos nocivos do sol e prevenindo contra o envelhecimento precoce. Já o gérmen de trigo contém quantidade suficiente de vitamina E. Juntamente com o ômega-3 fornecido pela linhaça dourada, o ingrediente garante a hidratação da pele e também preveni o envelhecimento das células.



sábado, 8 de agosto de 2009

Música árabe, histórico e algumas formas musicais



Por Aysha Almée, extraído de seu site



Antes do advento do Islamismo, a música era dominada pelas mulheres, tanto que um homem no meio poderia ser considerado efeminado. Juntamente com a segregação dos haréns, músicos homens emergiram nos palcos, imitando as mulheres, usando roupas femininas e henna nas mãos. Estes ficaram conhecidos como Mukhannath (efeminados) e o mais conhecido deles “o pequeno pavão” ganhou o título de “pai da canção”, e ainda assim foi expulso da cidade de Medina por causa de sua profissão. Mais tarde, durante a ascensão do califado, os músicos tiveram lugar garantido nas cortes desde a Pérsia até a Espanha.



Mesmo assim, o Islã tinha uma posição curiosa sobre a música, pois aceitava somente aquelas de caráter devocional e condenava os estímulos das músicas que não eram ligadas à religião. Apesar de não constar nada no Alcorão que condene música e dança, logo após a morte de Mohammad, os califas publicaram a seguinte nota atribuindo ao profeta:

"Música diminui a modéstia, aumenta a luxúria e solapa a virilidade. É como vinho e faz o que as bebidas fortes fazem. Se você precisa da música, no mínimo mantenha sua mulher longe dela.”



Eles acreditavam que a música relembrava sentimentos e emoções, influenciava os batimentos cardíacos e seu poder encorajava as pessoas a perderem o controle e praticarem coisas inaceitáveis, o que causou seu banimento em países de fundamentalismo religioso.



No ano de 750 aproximadamente, os Umayyads instituíram a música como entretenimento em parte da vida da corte em Damasco. Foram muito criticados por serem patronos das artes, especialmente da música, considerada rival do Alcorão. Foram expulsos de Damasco e foram para a região da Andaluzia, na Espanha. Com isto, levaram a tradicional música árabe para Espanha, onde mais tarde foi modificada pelas influências gregas e tornou-se a música árabe Andaluz, que estabeleceu suas raízes no Norte da África.



Seus sucessores, os “abbasids” continuaram a desenvolver a música, porém discretamente e dentro das cortes. Desde então, a música árabe como entretenimento veio ganhando maior aceitação, mesmo nos países mais religiosos.



Na dança árabe, é tarefa da bailarina expressar as emoções solicitadas pela música e durante as improvisações, destacar as qualidades do instrumento que sola, pois a dança árabe é determinada pelo acompanhamento musical.



Ao contrário da música ocidental, ela não desenvolveu o uso da harmonia. A razão básica é que a harmonia depende de um sistema tonal fixo (um espaço invariável entre notas). Toda a escala musical árabe tem certas posições fixas (tons e meio tons) como na música ocidental, mas entre elas existem notas sem lugar fixo e que caem em posições diferentes numa escala cada vez que são tocadas.



As únicas composições que podem incluir harmonia simples são aquelas baseadas em escala ocidental, como é o caso das gravações orquestradas modernas.



Para examinar a música de todos os países árabes, levaria muito tempo e daria o tamanho de um livro, pois a música oriental inclui muitas tradições desde o Iraque até o Egito. Notas, ritmos, instrumentos e estilos de canto variam de país para país; ainda assim, toda a música árabe compartilha de certas semelhanças, como por exemplo a fortíssima qualidade na improvisação e por ser, na sua essência, altamente melódica.



É difícil fazer a distinção entre música clássica e popular e/ou folclórica. A grosso modo, a música clássica é um refinamento da música folclórica ou popular. A música menos sofisticada, ou folclórica, é aquela que acompanha danças tradicionais e de roda, quando pessoas se reúnem informalmente, produzindo sons de palmas e usando instrumentos de percussão como o daff e o tabel.



Hoje, mesmo nos países muçulmanos mais rígidos, a música e a dança ocupa tradicionalmente um lugar especial na vida dos árabes. Os pequenos conjuntos de 05 ou 06 músicos deram lugar a verdadeiras orquestras, com instrumentos como órgão elétrico, metais e até mesmo guitarra. Uma música que, no passado, era principalmente improvisada, torna-se hoje mais estruturada.



Apesar desta estruturação, para apreciar a música árabe é preciso abandonar a expectativa ocidental de que ela será cheia de mudanças óbvias, pois este é o efeito hipnótico desta música: mudanças e variações inesperadas e muitas vezes sutis, que quanto mais ouvimos, mais ficamos surpresos e prontos para discernir suas sutilezas e nuances.



Um breve histórico da música árabe



Temos pouquíssimas fontes históricas sobre a música árabe. Segue abaixo um suposto histórico, resultantes de algumas tentativas de documentação sobre o assunto:

Final do século XIX (Egito):



- A invasão de Napoleão introduziu a notação ocidental para a música árabe que, até então, era quase que totalmente baseada na tradição local.

Início do século XX (Egito):



- Desenvolveu-se o clássico "Tarab" Egípcio, com a formação de uma orquestra clássica egípcia e com o domínio de uma voz. Junto a este crescimento, nasceram alguns famosos músicos e cantores, como Om Kalthoum, AbdeI Wahab, etc.

Metade do século XX (Líbano):



-Crescem e tornam-se famosos, trabalhando em grupos, os irmãos Rahbani e Fairuz. Esse grupo nasceu do boom cultural de Beirute, com os poetas e músicos trabalhando juntos para criar uma nova música com alma própria e diferente do Tarab egípcio. Esta criação manifestou-se em formas de operetas (shows musicais), concertos e recitais. Os Rahbani, com certeza, deixaram sua marca na música libanesa.



Presença da Música Litúrgica:




- É um tipo de música específica que acompanha os versos e as preces do Alcorão ( a “bíblia” muçulmana). Não pode, em hipótese alguma, ser usada para dança e seu uso é exclusivo para fins espirituais.



Algumas formas musicais árabes



Tarab

Estado de transcendência em que o artista e o público alcançam durante a apresentação. É um ingrediente especial para uma boa apresentação de música clássica. Para ouvir o Tarab, dizem que é preciso uma boa dose de relaxamento e disposição para parar um pouco, beber algo agradável e apreciar com calma e sem pressa a música. Ex: Oum Kalthoum, Ahmad Adaweia.



Atéba

O atéba é uma forma folclórica de cantar nos países orientais. Consiste de quatro versos seguidos de um formato e métrica específicos. O principal aspecto do atéba é que os primeiros três versos precisam terminar com a mesma palavra, significando três coisas diferentes, e o quarto verso vem com uma conclusão de tudo. Usualmente, o atéba é seguido por uma dalaouna. Ex: Alain Merheb.



Dalaouna

Outra forma folclórica de cantar no oriente. São canções de amor onde os versos todos rimam com ouna ou ona. Ex: Alain Merheb ou qualquer CD folclórico libanês.



Zajal

Forma popular de poesia improvisada, que é recitada em forma de canção. Uma típica festa Zajal consiste em dois times rivais, provocando um ao outro, numa conversação, argumentando através de poesia. Lembra os repentistas nordestinos, no Brasil.



Nadb

Estilo parecido com o Zajal, porém fúnebre, recitados nos funerais. Ex: Zaghloul d-damour, Syrian nacional zajal team.



Mawwal

É um solo vocal, que é cantado antes que os músicos apresentem a canção principal. Usualmente, este solo é cantado no mesmo tom da canção principal e quase sempre seu tema versa sobre o amor e perdas. Às vezes, é improvisado e considerados como introdução aos ouvintes da canção que será tocada. Ex: qualquer CD libanês.



Andalousiyyat ou Mouwashahat

São formas clássicas árabes, cujas raízes voltam a Andaluzia, na Espanha. Aparentemente, os árabes da Espanha queriam uma música liberta das regras rígidas da música árabe e sua forma e criaram então este tipo de música, com leve toque espanhol e que, por sua vez, nos lembra o flamenco.



Qudud Halabiyya

Formas folclóricas de cantar em estrofes, originárias de Aleppo, na Síria. Ex: Sabah Fakhri.



Rai

Forma de música pop algeriana, que desenha dentro dos estilos tradicionais algerianos e árabes, uma mistura com outras raízes incluindo até mesmo o reggae. É apresentada usando as línguas francesa e árabe. A música Rai provocou controvérsias na Algéria, especialmente a partir do momento em que o movimento pela revitalização islâmica ganhou ímpeto. Os representantes deste estilo têm por direito sido apontados como os “Rebeldes Rai”. O rei da música Rai é Khaled, com diversos álbuns à disposição. Seus shows mostram uma diversidade musical, com canções com traços de reggae e algumas músicas cantadas em francês no lugar de árabe.

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Um pouco da história da Música Árabe

Nós que dançamos sabemos como é rica a música árabe, e que devemos estudá-la para aprimorar o nosso desenvolvimento. Esse será o primeiro post sobre o assunto, e espero contribuir um pouco com os nossos estudos.

De acordo com Wafaaq Salman:
"A palavra Musica vem do grego Mousiki que significa a ciência de compor melodias. Qilm al-musiqa era o nome dado pelos Árabes para a teoria Grega da música para distingui-la de Qilm al-ghinaa que era a prática Árabe.

Veio da Grécia, o que hoje conhecemos como música, e os primeiros estudos e experimentos que influenciaram os árabes foram, no séc X a.C, de: Aristotenes, Themistius e Alexander Aphrodisiensis, Aristoxenus, os dois livros de musica de Euclid e os Harmonicos de Ptolomeu, todos que foram traduzidos para o Árabe como sabemos atraves de Al-Farabi.

Parece evidente, porém, o importante papel da matemática nas concepções teóricas. Suas origens costumam ser atribuídas a Pitágoras (século VI a.C.), que se baseou provavelmente em fontes egípcias e caldéias. As conclusões pitagóricas sobre a disposição dos intervalos, depois registradas por Euclides e Platão, atenderam plenamente às necessidades da música ocidental.

O primeiro árabe a estudar a ciência da música foi Chalil, no século VIII, depois o Al-Kindi (d.874), que acharam 4 livros, 3 estão em Berlim e 1 no museu em Bretão. Depois de um século, apareceu outro grande teórico, Al-Farabi (Abu Nasr Mohamed Bem Tarchan, 872 - 950). Seu Livro "Al'kitab Al'kabiir" incluia imensa e detalhada informação sobre musica e instrumentos musicais. Ele sim foi o grande teórico.
Wafaaq Salman:

"Al-Farabi era um bom matemático e físico, e isso possibilitou-o para fazer justiça ao que os Árabes chamavam Teoria Especulativa, até mesmo para não repetir os erros dos Gregos. Mesmo porque ele era algo mais. Ele era um músico praticante e podia apreciar a arte tão bem quanto a ciência, o que era mais do que Themistius podia fazer, assim como Al-Farabi mencionou por ele mesmo. Como um "performer" com uma reputação, ele podia trazer a arte prática para casar com as discussoes. Ainda mais, ele era mais abrangente que os Gregos em lidar com as bases fisicas do som, ele podia também fazer contribuiçoes valorosas para acusticas fisiologicas, as sensações da intonação, uma questão que os Gregos deixaram praticamente intocada."


A Teoria Musical

Uma das primeiras explicações formais sobre a natureza da arte musical reveste-se de caráter fantástico: é a idéia pitagórica segundo a qual o universo se constituiria de sete esferas cristalinas que emitem em seu movimento concêntrico as respectivas notas da escala em perfeita harmonia. Antigas teorias musicais. A música surgiu nas mais remotas culturas, para a celebração de acontecimentos festivos e litúrgicos.

Assim aparece nas antigas civilizações orientais que, como a chinesa e a indiana, conheciam e tiravam partido de sua capacidade de produzir êxtase coletivo. Tais conceitos e usos se propagaram ao Ocidente, até se cristalizarem nas escolas filosóficas gregas, em teorias não isentas de caráter místico e metafísico.

Até o século IX da era cristã, o esplendor alcançado pela civilização islâmica em diversos pontos de seu império permitiu um renascimento cultural inspirado em textos greco-romanos, sobre os quais se debruçaram várias escolas de tradução. Preocupada sobretudo com a perfeição melódica das composições, a cultura islâmica desenvolveu as formas vocais e os sistemas de afinação de instrumentos.

Consonância e dissonância. Até o século XX, os teóricos procuravam estabelecer uma classificação "objetiva" dos intervalos -- distância acústica entre duas notas, resultado da diferença de vibração entre elas -- em consonantes e dissonantes. Mas nenhuma definição desses termos foi consensualmente aceita, apesar das inúmeras tentativas de associar "consonante" a agradável, estável, suave, belo, e "dissonante" a desagradável, discordante, instável e feio. Não foi possível valorar de forma inequívoca um intervalo isolado, cujo caráter é alterado de forma considerável pelos sons que o circundam, o que faz com que aquilo que soa "instável" possa, dependendo do contexto, criar o efeito oposto.

Escalas musicais. Dá-se o nome de oitava ao intervalo entre dois sons em que a freqüência do mais grave é exatamente a metade da do mais agudo. A tradição ocidental estabeleceu 12 notas diferentes em uma oitava, dispostas em uma seqüência onde cada nota se distancia da anterior por um intervalo denominado semitom. Muitas culturas, como a indiana, a árabe e a africana, dividem a oitava de outras maneiras.

A escala árabe, com 17 sons, foi criada em Bagdá, um século depois, por Safi-Ab-Din, outro teórico.

Os primeiros Califas, depois de Maomé, eram expressamente contrários à música. Quando Maomé morreu, viviam em Medina três cantores famosos, Tueis, Adatal e Hit, e o Califa mandou castrar os três porque "ninguém deveria mais cantar, de tristeza pela morte do Profeta" Mesmo com toda a proibição e perseguição havia escolas clandestinas de canto em Meca e mesmo em Medina, onde era possível beber vinho, cantar e tocar instrumentos de música.

O principal instrumento musical árabe foi o Ud, de origem egípcia, depois levado para a Espanha. Lá. O al-Ud foi chamado de alaúde. Assim como o rebad foi chamado de rebeca, o viela de viola e o guiterna de guitarra.


Referências:
1. Enciclopédia do Islam Volume III L-R, editada por M. Houtsma, A.J. Wensinck,E.Levi-Provencal, H.A.R. Gibb et W. Heffening.
2. "Uma História da Musica Árabe", por Henry George Farmer, publicada por Lowe &Brydone, Haverhill, Suffolk, England, 1929.
3. "Musica Antiga e Oriental" por Egon Wellesz, publicado por Oxford University Press.
4. "Estudos em instrumentos musicais Orientais" por H.G. Farmer, London, 1931.
5. Artigo em "Musica Arabe" por Halim Dabh, The Arab World Magazine Jan.-Feb. 1966 (Arab Information Center, New York)
6. Artigo em "Musica no Oriente Médio" por Afif A. Boulos, Aramco World Magazine, Jan.-Feb 1966
7. http://www.oliver.psc.br/compositores/teoria.htm
8. http://www.tvebrasil.com.br/agrandemusica/historia_musica/musica_antiga.asp