sexta-feira, 29 de julho de 2011

Novas turmas

Semana que vem dia dia 4 começará uma nova turma de Dança:

Quintas - dança do Ventre - iniciante às 19h-21h p.m

Temos uma nova turma de Yoga também:

Sextas - yoga - inciante às 9h30 - 10h30 a.m

Homenagem ao Frank Sinatra

No meio de tanto lixo musical, o que nos resta é curtir as poucas músicas boas, que nunca tocam nas rádios, ou apreciar os bons artistas do passado.

E a Amy Winehouse desencarna justamente agora! Com tanto talento, e era nato, a mulher joga tudo pro alto para acabar com sua vida no meio das drogas. Não sou moralista, mas isso foi burrice. E nós ficamos aqui ouvindo Restart, Calipso, Luan Santana e Cia.

Mas sou das saudosistas e acho que nasci na época errada. Curto Elvis, Jim Morrison, Renato Russo, Cazuza, Frank Sinatra e por ai vai...

Ontem pude conferir um espetáculo e tanto, graças ao Groupon! kkk que maravilha, paguei menos que uma meia entrada para ver e me emocionar com um super show!

Assistimos a Jazz Big Band tocando as músicas de Sinatra e contando sobre a sua vida e obra.

Durante o show não pode deixar de pensar na decadência musical que estamos vivendo, me senti como meus avós que falam (aposto que o de vocês também falam): Antigamente era melhor, as pessoas se vestiam melhor, não tinha tanta baixaria como hoje, tínhamos cantores de verdade e etc.

Frank Sinatra é Frank Sinatra: a voz do século - sua dicção era perfeita, tinha um ritmo perfeito e conseguia narrar suas experiências com muita emoção através da sua música.

Bom... fiquei sonhando, me projetei para a época e me deliciei com as músicas e as performances - teve até um Elvis em cena!

Ainda há arte com qualidade! Não é divulgado mas quem procura acha! Ter um grupo nacional musical como Jazz Big Band, não é para qualquer um, infelizmente, não é conhecido por todos.

Vale a pena ver o vídeo:

sexta-feira, 22 de julho de 2011

Curso de Técnicas de Quadril

Acabou o que estava muito bom!
Super orgulho de dizer que fiz parte da primeira turma do curso de aperfeiçoamento em Técnicas de Quadril com a Aziza Mor-Said: um curso muito bom, rico em técnica e proporciona altos aprimoramentos.

Recomendo a qualquer uma a fazer.

Teve gente querendo ficar eternamente fazendo o curso, porque nele há muitas informações, muitas mesmo, e se não estudar e praticar em casa, a pessoa esquece. Por isso, que seria até legal fazê-lo de novo, algo que ficou pra trás pode-se pegar num outro momento.

No começo do ano eu estava bem pensativa no que faria com a minha carreira e achava que minha dança não havia progredido em nada. Fazendo esse curso, pude me encontrar, conhecer ainda mais o meu corpo e o melhor:

Brincar com ele! Brincar com as criações malucas de movimentos no quadril, ousar, e experimentar.

Essa é a proposta. Por isso que recomendo =). Sem contar que a Aziza é uma fofa, uma super professora que divide tudo, suas experiências e sua técnica. Exige de nós, cobra e ensina, e tem uma didática fantástica.

Adorei, foi uma super experiência. Agora além das aulas particulares, tô a procura de uma turma regular, preciso me abastecer de muita dança do ventre rs!

fui!

sexta-feira, 15 de julho de 2011

Reportagem sobre Dança no Canal Brasil

É super difícil encontrar reportagens que abordem o tema da dança e das artes em geral de forma séria e compromissada. A televisão não quer saber disso! Mas o Canal Brasil fez uma reportagem nem legal abrindo espaço pra dança, inclusive pra dança do ventre.

Foi ao ar no dia 15/06/2011, gravou no Estúdio da Elis, tendo participação até das alunas e depoimentos ótimos da Patrícia Saad e Faby França.

Vamos conferir?

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Apresentação no Belly Dance Nights

Dancei na última edição quem foi dia 10 de julho e quero parabenizar a Patrícia e os organizadores pelo evento, que não houve atraso, foi super tranquilo, bem organizado e lindo! É um grande sarau, uma oportunidade de mostrarmos nosso trabalho como professora e bailarina.

Na próxima que será em agosto levarei minhas alunas do Básico / Inter, para a maioria das meninas será a primeira apresentação delas e com certeza será um sucesso, porque estamos trabalhando juntas para isso.

Então... lá vai meu vídeo, com direito a um final bem brasileiro: Show é show!

sexta-feira, 8 de julho de 2011

Movimento pela criação do estilo próprio da dança

Só para ilustrar o post passado, colocarei algumas danças dentro da análise Dança Do Ventre com "ballet" e "sem ballet". Apesar de que defendo um estilo próprio com influências seja de qualquer tipo de dança.

O ballet ajuda na postura, leitura musical, linha e desenhos cênicos, flexibilidade, equilíbrio, musicalidade, espacialidade... em fim... em vários quesitos necessários à qualquer bailarina.

Como defendo também o bom senso e o equilíbrio, selecionei, entre diversas bailarinas, algumas que possuem isso, usando ou não passos de balé.

Gostaria muito de que vocês deixassem aqui as suas impressões.

Com vocês a Patrícia Bencardini: gosto muito dela, a dança é limpa, única, tem um estilo próprio e para mim é das que conseguem dançar sem muita influência do clássico.



Não poderia deixar de lado a Soraia Zaied, a defensora da onda anti-ballet na dança do ventre.



Agora a Mahaila com o uso na medida certa dos arabesques, uma apresentação muito linda:



E veja esse vídeo da Kahina, que me deixou de queixo caido! Lindo! Apesar de sabermos como o ballet está presente na dança dela, na apresentação do show em comemoração dos 10 anos Da Elis Pinheiro ela nos supreende. Não há arabesques e sim muitos movimentos variados de quadril, riqueza nos movimentos, leveza, postura, expressão perfeita e m fim, para mim é uma das melhores do Brasil.



E pra fechar, vou colocar uma apresentação da Jillina, Amara e Angeles, em 2009, na Fiel. O que eu gosto nela são as movimentações e o uso perfeito do espaço, sem contar, como colocaram os arabesques em cena. Vale a pena conferir:



O que é certo e errado em todos esses estilos? Todas são resultado de estudo, dedicação, pesquisa, auto conhecimento e práticas de diversas atividades físicas e danças, para conseguirem criar um estilo próprio de dançar.

Eu defendo essa idéia!

terça-feira, 5 de julho de 2011

Afinal de contas: o que é dança do ventre?

Antes mesmo de lero blog da Vera e ver o movimento anti-ballet que está rolando no facebook, já pensava em escrever esse post, sobre esse assunto: Afinal, o que é a dança do ventre pura?

A verdade é que ninguém sabe, e o que dançamos hoje é uma dança que acreditamos ser Dança do Ventre - loucura! E nesses momentos lembro da frase do grande Nelson Rodrigues "A unanimidade é burra"! Pois é... odeio as verdades absolutas e as inflexibilidades das reflexões sobre algum assunto.

Na minha opinião é chover no molhado, e todos estão errados, aquelas que querem e lutam por uma dança do ventre limpa, pura, árabe, oriental e sem ballet ou qualquer outra influência - assim como aquelas que lutam pela fusão incorporando todo tipo de dança na nossa dança do ventre.

Vamos refletir:

Somos seres humanos inseridos numa cultura, e numa sociedade, senão seríamos todos Tarzans, Moglis e etc, nesse ponto vale lembrar que há uma diversidade cultural que são produzidas aqui por nós como também é trazida através dos meios de comunicação, graças à internet e globalização isso acelerou muito.

E nós próprios somos seres tão complexos, multis (como falo), com estilos e opiniões próprios e com um caminho que só nós sabemos... o artista possui uma busca, que só ele sabe, as vezes se perde, erra... mas é um processo importante e nunca chegará no fim.

Como podemos punir o artista que experimenta? Que busca seu estilo? Que estuda e deseja encontrar a perfeição?

Lembrei do que o Jorge Sabongi sempre fala: todo artista precisa de direção - é... senão a nossa viagem é muito grande e nunca voltamos né?! Mas isso é assunto pra um outro post.

Dessa forma, nem defendo as que querem uma dança do ventre pura, nem as que lutam pelas fusões. Defendo o artista que estuda, é serio, e cria seu estilo próprio de trabalho. Perceberam que nem entrei no termo bailarina? Estou usando artista!

Antes de ser uma bailarina, sou uma artista, porque estudo história da arte, da dança, das culturas e etc. Acho que isso é importante para mim e é a minha busca.

E toda esses baletts que vemos hoje na dança do ventre, veio com Saida e ela mesma afirma que foi uma fusão, ou seja não é apenas dança do ventre. As bailarinas que se encontram nesse estilo vão segui-la, mas não dá para pegar o que é lindo nesse estilo e acrescentar no seu?

Ela é linda, todas as brasileiras quando a viram queriam ser como ela, dançar como ela, não é verdade?! Virou uma febre e para mim o problema está em outras questões!

Gamal Seif, Yousry Sharif, Lulu Sabongi, Elis Pinheiro, Aysha Almée, Aziza, Randa, Kahina, Jullina, Amara, e outros mestres e mestras usam de forma equilibrada os arabesques, giros, braços... tudo tem que ter equilíbrio!

Não vamos colocar um passé em andeor, saltos, jetés né? A não ser que seja uma dança moderna... por que não? Tudo tem limite e bom senso!

Eu gosto dessa mistura, porque para mim acrescenta e me enriquece como pessoa e artista. Já fui daquelas que subia bem meus arabesques, hoje deixo -os mais baixos, uso braços bem diferentes para fugir desse paradigma. Estou numa outra "onda" mas não condeno meu passado.

Mas quando decido dançar um chorinho, uma sonata ou samba... mudo totalmente meu estilo. O público gosta e eu gosto!

Vamos parar de hipocrisia e respeitar as diferenças. Saber analisar! É claro que conseguimos diferenciar a bailarina que dança dança do ventre com influências positivas e as que dançam uma dança moderna com influência da dança do ventre.

Vamos usar o bom senso! Nossa cultura não pára, a cultura do corpo não pára, e só vamos parar quando o mundo acabar!

domingo, 3 de julho de 2011

Crítica positiva


Apenas vou copiar um post escrito pela Vera no seu blog Amar el Binnaz, sobre minha dança. Uma crítica positiva onde tem dicas preciosas, que também servirão para outras bailarinas.

Deixo aqui meu agradecimento e no meio da dança a Vera é uma das pessoas mais sérias que conheço, e sempre compartilha e divide suas opiniões e conhecimentos. São textos, blogs e novos talentos que estão surgindo que estão fazendo a diferença, e isso me faz pensar e acreditar que a Dança do Ventre no Brasil está solidificando e profisionalizando cada dia mais. Tem muita coisa pra melhorar, mas estamos no caminho. Obrigada!

Com vocês A Dança da Leitora. O texto na íntegra AQUI

Olá meninas!!!

Faz muito, mas muito tempo que eu quis fazer essa série de postagens - Dança da Leitora, quando as seguidoras do blog eram figurinhas carimbadas e era mais fácil de controlar esse tipo de coisa, e a coisa foi aumentando eu deixei a série meio de lado. Mas ultimamente eu tenho visto danças maravilhosas de leitoras e amigas queridas que tenho encontrado em diversos eventos, e vou aqui dividir com vocês. Se vocês quiserem ler os posts antigos, clique abaixo:


Hoje vou compartilhar com vocês mais uma vez uma dança da Zahira Nader, que foi apresentada no concurso profissional do E-Ventre 2011. Como eu já informei anteriormente, no E-Ventre as músicas são enviadas com antecedência às bailarinas, e no momento da apresentação a música é sorteada e a execução deve ser de improviso. No E-Ventre 2010 a Sasha Holtz venceu o concurso dançando justamente Enta Omri. Quando vi que a Zahira havia sido sorteada com a mesma música, na hora me veio o pensamento "vai dançar pra cacete, mas a música vencedora do ano passado vai embaçar a possibilidade dela vencer este ano". Como de fato aconteceu. Vejamos a dança:

.... video do e- ventre

A primeira coisa a se notar na dança da Zahira é uma postura excelente e movimentos muito limpos. A introdução dessa versão de Enta Omri é bem longa e eu achei uma má escolha a leitura musical toda de costas para a o público, e isso se estendeu para a primeira frase. No primeiro contato visual dela com os jurados a opção é por um arabesque e uma andada com contratempo. Visualmente é lindo e foi muitíssimo bem executado. Mas sendo um concurso de dança do ventre, acaba virando uma "entrada da bailarina" em lugar errado.

Passado este primeiro momento, aí vemos dança do ventre de altíssimo nível. A Zahira é uma bailarina que consegue administrar bem a mistura de movimentos sinuosos com acentos fortes, e colocou os movimentos nas frases de uma forma muito interessante. Eu simplesmente adorei o soldadinho com arabesque e giro na parte "pergunta e resposta" da música. O trabalho de braços está primoroso, e eu não posso deixar de ressaltar aqui a influência de sua professora, Elis Pinheiro - grande dama do trabalho de braços na dança do ventre.

Uma pena que no vídeo não é possível ver a expressão, mas a Zahira colocou o coração no palco. Ela dançou de uma maneira introspectiva, é verdade, mas foi emocionante sua atuação no palco. Era de arrepiar de verdade, como disse o Falcão sabiamente "era um sentimento que brota do cantinho da pleura e emana até a raiz do chifre"... ahahha, adouro. As juradas consideraram isso um ponto negativo. Eu considero essencial para toda e qualquer bailarina que queira mostrar sua arte.

Enta Omri é uma música maravilhosa porque ela tem todo aquele "taksim kamanja" (violino) que você pode interpretar somente para si mesma, e quando ela vai reapresentando os demais instrumentos é o momento que a bailarina tem para retomar sua comunicação com o público, e na minha opinião foi aqui que a Zahira falhou na escolha e manteve a linha introspectiva quando ela poderia crescer um pouquinho mais na música e jogar todo aquele sentimento gerado na parte lenta pro público e transformar aquela apresentação de concurso numa verdadeira experiência para quem estava assistindo!

No geral foi uma apresentação belíssima, a Zahira é uma profissional de alto nível, tem muito futuro no cenário de dança do ventre de São Paulo, e meu desejo é vê-la muitas vezes dançando, mas principalmente, encantando a todos!

Beijocas!!!