quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Alongamento e a dança do ventre

Todas nós sabemos o quanto é importante o alongamento antes e depois de qualquer atividade física, ainda mais na dança, porque ele prepara o corpo para receber a atividade, o aquece e deixa prontinho. Dessa forma será mais difícil aparecer uma lesão.

Cada aula, cada movimento exige um aquecimento diferente. E com a experiência, percebi que o alongamento é fundamental, e importantíssimo para o corpo de uma balarina de dança do ventre. Ele ajuda a "soltar" o corpo. Eu investi nisso, e ainda me alongo muito, e por quê? Simplesmente por ter tido no passado dificuldade com os tremidos e em soltar o quadril.

Claro que para soltar o quadril temos vários exercícios na manga , mas repito, o alongamento é tudo nessa vida.

Primeiro: trabalhe a dissociação

Leve o pescoço pros lados - depois o tronco como se fosse um cabo de guerra - depois o quadril
Quando mexer o tronco, o resto fica parado, e vice e versa. Deve sentir "pegar" os músculos.

Depois faça o mesmo torcendo o tronco e o quadril - isso aprendi com a Ísis, e como soltou meu quadril! Importante é deixar os joelhos e as pernas de frente e troncer apenas o quadril, e vice e versa.

Segundo: explore a elasticidade

Sabe aqueles exercícios básicos de alongamento, use e abuse de todos. E fique na posição no mínimo 40 segundos, porque só depois desse tempo é que o músculo começa a ganhar elasticidade.

Precisamos alongar muito a coluna para ter um lindo cambré e também fazer uma compensação com um movimento contrário - isso vale para qualquer exercício - de joelhos desce de costas e segura com as mãos os tornozelos formando um arco, compense com o tronco todo na frente

Para ter aquelas mãos lindas, precisamos alongar todos os dedos - dedinho com dedinho, empurrar um com o outro, e vai trocando os dedos. Outra - com uma mão faz um arco na outra para trás e compense na frente.

E para alongar as pernas - desce na frente em segunda posição, deixando os joelhos esticados, leve o quadril pros lados. Outro - feche as pernas e cruza ora a direita na frente, ora a esquerda.

Tá bem breve, mas essas são algumas dicas. Não pense que a dança do ventre não precisa de postura de bailarina e nem de eslaticidade, isso é um grande engano! Além do mais, isso fará nós envelhecermos com saúde.

Esse é um video bacaninha que achei no you tube. No Sesc, as meninas apresentaram como seria um aquecimento de uma aula de dança do ventre, e nele há os exercícios que falei.

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Zouk!

Olha o que estou aprendendo agora. Nunca pensei que deixar ser conduzida e soltar a "postura de bailarina" fosse tão difícil =).



O zouk é um gênero musical originário das Antilhas. Está presente em vários ritmos brasileiros e sempre teve grande influência na região norte do Brasil, especialmente no Pará e Amapá.

Este género, praticado nas Antilhas francesas (Martinica e Guadalupe), na Guiana Francesa e também em Santa Lúcia, tem forte presença nos P.A.L.O.P. Nos países de expressão francesa ele é cantado, principalmente, em crioulo. Estudos acreditam que a sua base rítmica pode ser oriunda da cultura árabe. Esta mesma base é encontrada em vários países como Espanha e Portugal, no mundo árabe, no continente africano e em praticamente toda a América.

Em uma das versões sobre o surgimento da música zouk é afirmado a criação para divulgar a Martinica e ter, assim como teve em Cuba, influência cultural em toda a América Latina. O ritmo se espalhou pelo mundo, em diversos lugares, inclusive no Brasil, muitos passaram a acreditar que a música e a dança seriam francesas.

Tanto que por algum tempo, quando a moda de dançar lambada estava em seu auge, o zouk era chamado de lambada francesa.



A Dança

Zouk - que significa festa - é uma dança praticada no Caribe(passada), mais frequentemente nas ilhas de Guadalupe, Martinica e San Francisco. Assim como o merengue o zouk é dançado trocando-se o peso basicamente na cabeça dos tempos musicais (o que muitos professores de dança chamam simplesmente de tempo).

No Brasil, utiliza-se o ritmo Zouk para dançar uma dança 100% brasileira. Ela é oriunda da lambada, porém, com movimentos mais adaptados ao andamento da música. A lambada era muito rápida e frenética, praticamente impossibilitando muitos passos que existem hoje.

A dança zouk tem hoje vários estilos entre eles o Tradicional, o Zouk Flow, o Soulzouk, o Neozouk e o Revolution. É preciso ter muito cuidado para não confundir a música com a dança. A dança zouk pode ser dançada com diversos ritmos: kizomba, cabolove, Hip hop, R&B Contemporâneo, Reggaeton, dancehall e Raggajam.

Os principais pólos do zouk são: Rio de Janeiro, Brasília, São Paulo, Belo Horizonte, Curitiba, Norte do Paraná, Amsterdã, Barcelona, Palma de Mallorca, Brisbane, Sidney, Zurique. Há também um público crescente no sul do Brasil, em especial na capital do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, onde já existem muitas academias que ministram aulas do ritmo e onde também já existem locais para dançar ao som do Zouk.

A lambada (tradicional, dos anos 80) no estilo de Porto Seguro resiste em locais como São Paulo, Porto Seguro, Arraial D´Ajuda, Londres, Buenos Aires. Por sua vez, lambada tem uma fortíssima influência do cubano merengue.

A dança zouk do Caribe(passada) está em muitos lugares como França, Inglaterra, São Tomé e Príncipe...

A dança Kizomba, parecida com a dança zouk é febre em Angola, Cabo Verde, Guiné Bissau, Moçambique, Portugal. Mas estas, nada tem a ver com o zouk dançado no Brasil..

O Zouk também foi uma influência muito forte em outros estilos como o Ragga jamaicano, o Kuduru angolano, o Funaná de Cabo-Verde, etc.

fonte: Wkipédia

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

A procura de um profissional de flamenco

Gente! Já tenho uma turma mas agora tô sem professor, se alguém souber e puder me indicar alguém, fico muuuuuuuito agradecida e feliz! É pra ontem rs.


Estou contratando um profissional de flamenco pra dar aulas em Caieiras as sexta-feiras. Início imediato.

Pode mandar currículo por e-mail !

terça-feira, 15 de setembro de 2009

A Dança do Ventre


A Dança Oriental Egípcia – a dança do ventre como conhecemos no Brasil – Bellydance em outros países, é uma dança extremamente feminina, dessa forma quem a pratica sente um bem estar e também um retorno à origem da Grande Deusa, esquecida devido à correria e competição acirrada do dia a dia. Tem uma origem ritualística, trabalha aspectos profundos da psique, resgatando o feminino primitivo importante pra enfrentar o ritimo da vida contemporânea.

Como toda dança,
é uma técnica de expressão corporal e artística, que encanta pela beleza dos seus movimentos a quem assiste e a quem pratica, estas são transformadas pelos benefícios que essa dança proporciona, e que são muitos.

Acredita-se que a origem da Dança do Ventre se deu no Egito Antigo à 7000 anos a.C, através de rituais para a Grande Mãe, que seria a Deusa Ísis e às outras divindades femininas que protegiam as vidas dos faráos, e os elementos da natureza. Tem uma ligação ao Universo, à origem da vida, já que o ventre protege e dá toda sustentação para uma nova vida, nesse caso, as mulheres eram muito respitadas e reverenciadas como Deusas. Por isso os rituais, a celebração da vida e o agaradecimento aos Deuses através da dança, que claro, não é a mesma que hoje conhecemos. Essa é a teoria mais aceita, porém ninguém tem uma certeza perante a origem.

Com a invasão árabe no Egito, a “Dança do Leste” ou “Raks El Shark” como é chamada no oriente se popularizou e sofreu grandes modificações. Atualmente essa dança milenar tem sido procurada por mulheres de todas as idades como terapia capaz de superar bloqueios emocionais, corporais, de revigorar a sexualidade, fortalecer a auto-estima,aliviar as tensões do cotidiano, desenvolver a autoconfiança e resgatar o lado feminino de cada uma.

A Dança do Ventre pode ser praticada por mulheres de todos os tipos físicos e faixas etárias. Entre os benefícios físicos que esta prática proporciona destacam-se a melhora da postura, a motricidade, o desenvolvimento da coordenação motora, a massagem dos órgãos internos estimulando seu melhor funcionamento, o desenvolvimento da dissociação corporal, melhora na circulação sangüínea, redução dos sintomas da TPM, fortalecimento de vários grupos musculares, queima de calorias ajudando no emagrecimento e desenvolvimento da musicalidade.
A Dança do Ventre trabalha através da respiração e movimentos pélvicos, o equilíbrio das energias através dos chakras, proporcionando uma série de benefícios físicos e emocionais.

Alguns Benefícios da Dança do Ventre

Aspectos Físicos:

  • Desenvolvimento da dissociação corporal;
  • Desenvolvimento da coordenação motora;
  • Massagem dos órgãos internos estimulando seu melhor funcionamento;
  • Estímulo do funcionamento dos intestinos;
  • Redução dos sintomas da TPM e das cólicas menstruais;
  • Aquisição de mais flexibilidade e alongamento;
  • Fortalecimento de vários grupos musculares (abdômen, pernas, braços, costas e glúteos);
  • Despertar dos sentidos da visão, audição e tato;
  • Fortalecimento intenso da musculatura pélvica;
  • Relaxamento muscular, aliviando as tensões;
  • Ajuda a definir o corpo feminino, afinando principalmente a cintura;
  • Desenvolve a agilidade mental;
  • Desenvolve a capacidade de memorização;
  • Desenvolve a musicalidade;
  • Desperta para as noções de tempo e espaço;

Aspectos psicológicos:

  • Promove o autoconhecimento;
  • Eleva a auto-estima;
  • Alivia as tensões do cotidiano;
  • Gera sensação de paz e bem-estar;
  • Desperta a feminilidade - o que chamamos de “resgate da Deusa Interior”;
  • Ajuda a desinibir;
  • Desenvolve a capacidade de administrar relacionamentos por meio do estímulo de convivência em grupo;
  • Desenvolve a autoconfiança

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Estilo


De acordo com Fayga Ostrower, estilo é:

O homem desdobra o seu ser social em formas culturais. O estilo por exemplo. O estilo não se refere só a determinada terminologia. Abrange a maneira de pensar, de imaginar, de sonhar, de sentir, de se comover, abrange a maneira de agir e reagir, a própria maneira de o homem vivenciar o consciente e as incursões ao inconciente. O estilo é forma de cultura. Seria de todo impossível preordenar as formas estilísticas, inventá-las, tão impossível quanto seria inventar formas de cultura ou modos de viver. Os estilos correspondem a visões de vida.

Coincidência demais esse tema com o curso da Lu sobre a criação do estilo, pena que dou aula de domingo e não poderei fazer. Mas é que esse assunto me interessa, já estava pesquisando sobre ele, e resolvi escrever somente agora. Portanto, discussões são vem vindas!

Ao meu ver a criação de um estilo próprio é um processo eterno, intuitivo, de pesquisa e muito trabalho. Tanto para nós da dança, como para todos os outros artistas das outras linguagens. É um caminho de busca para chegar a criação de um estilo próprio.

E esse estilo é mutável, como já diz a citação que coloquei no início. Pois depende da cultura.

Primeiro, acredito que devemos ser fiéis e sinceras conosco, nada melhor do que possuirmos um auto conhecimento, para poder criar - esse ponto é hiper importante.

Quando nos conhecemos e procuramos ser sinceras, delimitamos nosso campo de influência selecionando o que "gostamos", ou melhor, o que nos afeta de modo afetivo. Dessa forma, adicionamos os valores que julgamos ser importantes para nós.


Há quem goste de arte egípcia, renascentista, de música clássica e etc, porém há aqueles que não se identificam com nenhuma destas expresões artísticas. O que é melhor nesse contexto? O popular, ou o erudito? O moderno ou o clássico? Um estilo será desvalorizado por razões emocionais, de acordo com a personalidade da maioria?

Vamos a uma polêmica: na dança do ventre há as que falam "Sou estilo egípcio", " Sou estilo argentino" e etc... pra mim isso é uma bobagem, porque estamos no Brasil, esses estilos que temos como base já sofreram alterações, já que não são passados pelas próprias profissonais dos países, e nós no momento que decodificamos essas danças, já adicionamos nossos valores. Portanto, há mudanças, alterações e esse estilo já não é puro.

Eu prefiro dizer: estudo tudo, pego o que gosto e tenho uma tendência pro egípcio por isso, por aquilo e por ai vai.

Será que nossa opinião não está engessada nos moldes da sociedade em que vivemos, que já intitula que é vendavél, o que tem qualidade, de bom gosto, cultural e artístico? Como selecionar estilos a partir da técnica, subtraindo os sentimentos para criar o próprio estilo?

Parece um pouco impossível, mas é importante ver TUDO, ler de tudo, ouvir de tudo, sem discriminação, dessa forma teremos muitas referências que nos ajudarão selecionar as que nos identificamos para agregar um valor. O Abujanra dá essa dica, gostem ou não dele, ele é fera e a dica é ótima.

O assunto é enorme, e escreverei mais sobre a criatividade e criação no meu outro blog Novos Olhares, mas aqui já dei uma pincelada. E o importante, no meu ponto de vista, é:

1- Acreditarmos no caminho que escolhemos e nas nossas realizações;
2- Sermos fiéis com nossos valores;
3- Definir o que queremos mostrar, expressar com o nosso trabalho artístico;
4- Pesquisar e estudar TUDO - quanto mais melhor;
5- Seguir nossos gostos e vontades verdadeiros, não deixarmos nos levar pelo modismo, senão seremos as marionetes do sistema;
6- Procurar sempre ser autêntico;

No Novos Olhares, falei sobre a Dona Isabel, exemplo de uma artista que trabalhou muito pra criar seu estilo, e o melhor, sem nenhuma influência externa - seria uma contradição? Vale a pena ler!

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Quem pode dançar?

Quem é que pode dançar?
Todo mundo. Existe um corpo, tem uma vida, portanto, podemos dançar. Agora resta definir, o que seria esse dançar... ai é outro assunto.
Esse vídeo mostra um exemplo de superação, um belo trabalho de dançaterapia com portadores de deficiência. Não é porque são deficientes que não podem dançar BEM uma bela coreografia. Só ficarei devendo de onde é quando aconteceu. Acredito que seja na China, se alguém souber pode falar.