segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

A valorização do nosso trabalho


Tá certo aceitarmos trabalhos sem remuneração, ou com um caché baixo no início da nossa carreira porém, o mercado de artes no geral está literalmente explorando aqueles que se submetem às condições dele. Eu já fiz alguns trabalhos sem pensar na remuneração, mas hoje em dia, prefiro não dançar a me apresentar de graça.

Tem músico em SP, tocando por 30,00 em 3 horas, tocam por couvert, bailarinas que dançam de graça apenas para divulgar seu trabalho ou aceitam dançar por couvert e são obrigadas a levar público. Um verdadeiro absurdo.

Em quanto a arte for vista como sem valor, sem objetivo, sem função pela nossa sociedade não vamos mudar esse cenário. Na verdade deveríamos cobrar normas, regras e leis no DRT, que só nos serve para ter um crédito a mais no currículo.

Em quanto tiver lugares de baixo nível profissional, sem profissionalismo e respeito à bailarinas de danças orientais, o negócio vai continuar do jeito que está.

Em quanto houver bailarinas que dançam em meio a garçons, no meio de barulhos e sonorização ruim e se veem ou vendem seu trabalho como Animadora de Festa, a situação não melhorará.

Em quanto houver artistas que se submetem a essas situações, nunca conseguiremos melhorar esse cenário. O complicado são os empresários, os donos dos estabelecimentos e o público em geral que desvalorizam a arte, mas isso acontece porque os próprios artistas não se valorizam.

Em quanto houver alunas despreparadas que aceitam dançar de graça, e se acharem preparadas para realizarem os shows, o mercado não irá pra frente.

Profissionais de verdade procuram público que valoriza a sua Arte, porque há gente! Mais vale dançar menos e ganhar muito, do que se matar fazendo 3 shows numa noite e ganhar um caché que valha por um.

E professoras... nós somos importantes sim! Por que quem além de nós para ensinar a arte àquelas que desejam aprender ? Merecemos respeito e um bom pagamento por isso!

São certas situações que já me deram vontade de largar a dança, maaas é minha paixão porém, infelizmente não é o meu ganha pão.

Há situações e situações, o importante é nos valorizarmos.




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