terça-feira, 13 de julho de 2010

A bailarina Faz Tudo

Agora vou escrever sobre uma coisa que ando percebendo por ai: a Bailarina Faz Tudo. E o que seria isso afinal? E poderá parecer radical para algumas pessoas, mas é a minha visão de mundo e da minha profissão, não é a única certa, e Deus me Livre, um caminho a seguir, porém é algo que devemos refletir.

Me respondam com sinceridade, vocês que são bailarinas e professoras de dança:

Tem como ser uma boa bailarina e professora de Dança do Ventre, Tribal, Flamenco, Ballet, Jazz, Cigana, Contemporâneo, Dança de Salão... e etc?? Tem como ser BOA profissionalmente em tudo?

Fala sério! É claro que não! Eu danço desde os 11 anos, porque parei quando tinha 6, porque fazia baby class com 5 anos. Tenho ballet, jazz, dança do ventre e teatro na minha formação e mesmo assim sei que não tenho habilitação, apesar de saber dançar, atuar e sobre as danças e o teatro, para ensinar ou preparar um espetáculo com tudo isso.

Vejo que no mercado brasileiro, há pessoas fazendo tudo nas coxas, isso mesmo, tudo de qualquer jeito porque o público na maioria é leigo, e não sabe diferenciar o que há qualidade daquele que não possui.

Acho que nós profissionais devemos ter cuidado, carinho e atenção com o público e com as alunas. Na minha opinião o Menos é Mais, e o bom senso é tudo na vida.

Eu estou reciclando meu conhecimentos fazendo aulas de jazz na Carla, a dança do ventre com a Elis e pretendo fazer outras aulas com outras profissionais e quero encaixar mais aulas de contemporâneo. E só dando aulas de dança do ventre e jazz, vejo quanta coisa preciso me preocupar, preparar, estudar...

como já dizem: Deus está nos detalhes!

Na minha visão, mais vale minhas alunas fazerem os 8 perfeitos, do que um arabesque mal feito. Mais vale eu dançar apenas Dança do ventre com perfeição de uma boa profissionais, com requisitos básicos de uma, do que querer ser MULTI, uma Faz Tudo, e fazer tudo de forma Amadora!

Em questão das aulas, poucas trabalham o movimento somático, a expressão corporal, interpretação e musicalidade, tomam cuidado e se atentam se os movimentos estão sendo executados da forma correta... em fim... dançar e ser professora de dança não é para qualquer um(a)!

Claro que há suas exceções e essas meninas, (não citarei o nome porque posso fazer alguma injustiça), estudam muito, se dedicam ao que elas querem fazer, por isso fazem muito bem!

2 comentários:

Andreza Santana disse...

Si, concordo plenamente. Existem as vertentes de cada estudo. Quem estudou clássico automaticamente botou as patas no jazz rs, veja bem, o movimento evolui, mesmo com a base firme e única como nomenclaturas dessas modalidades, mas um bom repertório são conquistdos com anos de treino e estudo, isso faz com que nós educadoras da dança evoluimos nosso movimento e nossa metodologia de ensino. Faz tudo não existe, obter um amplo conhecimento e focar o trabalho faz parte e é bem aceitável, prefiro me reciclar nas áreas de atuação, Ventre, Cigano, Jazz como faço frequentemente, hoje pratico dança indiana, sei que levará mais alguns bons anos para me sentir preparada a assumir grandes turmas, foi assim com outras modalidades, mas bailaria que dança tudo até acho possível, do tipo bailarina banda de baile sabe, dança frevo, forró, salsa, enfim não tem um conhecimento aprofundado da modalidade apenas faz animação, agora ser educador, professor, passar conhecimento acho um pouco difícil, e isso não é simples como parece.
Mas cada um desenvolve seu trabalho da sua forma, e com isso colhe os frutos merecidos.
Boa abordagem!
Sucesso amiga.
Um beijo

Anônimo disse...

Eu não tenho a menor vontade de entrar nessa onda. Meu negócio é dança do ventre. Já fiz tribal, dança indiana e ballet, mas nenhuma tocou meu coração como a dança oriental. Ótimo post, flor. Beijos.