quinta-feira, 9 de agosto de 2012

O dia de uma bailarina na Pré-Seleção

Os quinze dias finais passam como um flash, e aquela sensação de " Não estudei o suficiente" martelam a sua cabeça constantemente, e o pior são os enjôos, piriris, insônias... ansiedade que vem e volta foi o que rolou comigo... e as crises durante o processo?

Mas digo: Normal! E o processo que inicia desde o book, filmagem, escolha das músicas, e vai até a confecção da roupa pro dia, compras dos Cds, aulas particulares, estudos aprofundados, é uma delícia!

Uma delícia porque você ganha um aperfeiçoamento técnico sem igual, faz network, estuda músicas que não conhecia, aumenta seu repertório, treina o ouvido, inicia uma improvisação de verdade com qualidade técnica e cênica, cria laços com as professoras para a vida inteira.

O preparo veio a um ano, com a Elis, depois do primeiro resultado, continuei com a Aziza e terminei na última semana com a Jade: que vivência!



Hospedagem em São Paulo, para não ter atrasos e nem problemas, prova final um dia antes, a conversa com o Jorge deu uma acalmada maaaasss no dia... ai que ansiedade, de chegar chegando, de chegar dançando.

A mala já pronta, não faltava nada, e ao iniciar minha maquiagem, o friozinho na barriga surgiu! Denovo: normal! Não há como ficar indiferente numa apresentação, seja ela no Khan ou em outro lugar.

Maquiagem pronta, namorado dando aquela força, estava sem comer a 12h, mas não sentia fome alguma. Ao entrar na sala nobre, acabei de me arrumar, e já era a terceira. Coloquei com calma as bijus, pentei o cabelo, retoquei o batom e tomei o chá de camomila.

Aquecimento! Concentração!

As meninas estavam animadas e nos ajudamos: força moral, alfinetes, abraços, conversas - isso foi tudo!

Quando chegou a minha vez, tentava ficar calma mas não conseguia, só pedia a Deus para não cair duas músicas, de resto, tentava colocar a cabeça no lugar. Pois bem, estava lá então restava relaxar, dançar e me divertir.

Arrumei o véu, ouvi as coordenadas da Vik, respirei fundo e entrei: não conhecia a música! Rápida, frenética, exigia muito quadril... improvisei!

E me divertir! Fui me acalmando, dei o melhor de mim, não escutei as vozes "Tá errado!", "Tem que fazer isso" e etc, me entreguei, escutei a música e procurei interpretá-la o melhor possível.

Quando acabou, agradeci, aliviada, sai calma e elegante, na sala consegui beber água, comer as bolachinhas, sentar e relaxar de verdade. Mas a certeza de que fora bem não tive e nem tenho, não dá para saber.

Experimentei algo novo, uma sensação nova e adorei tudo isso. Se precisar faço tudo de novo. Sem traumas, sem auto análise negativo, sem neuras!

Nós bailarinas, nos preparamos anos, meses, dias para levar nosso público aos sonhos que duram no máximo 10 minutos, e nesse dia, era eu, a bailarina que estava vivendo num sonho.

Agora resta esperar o resultado em novembro!!! Outra ansiedade... rs


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