sábado, 16 de maio de 2009

Uma oficina de dança... estressante!

Maravilhoso Bejart

O que poderia ter sido legal, e foi até um certo ponto, acabou em frustração. Diria que acabou numa tormenta! E o mais absurdo é que tudo começou partindo da própria condutora, ou seja, da nossa professora de arte educação. Em suas "aulas" foi muito discutido o ensino da arte, se deveria ensinar dança, teatro, música e blá blá blá... se o que existe é certo, é viável e etc... essas discussões que não tem fim e no FIM propriamente dito, acabou tudo em uma bela farofa, pizza com bastante desrespeito.

Deixa eu explicar melhor: como sabem faço o curso de formações de professores das Belas Artes (licenciatura), e hoje foi o primeiro dia de aplicação de oficinas de artes pro próprio grupo de alunos: 3 oficinas numa manhã - 40 min. pra cada uma - verdadeira maratona.

Éramos o grupo de dança, planejamos uma oficina bem rica, com muito carinho e atenção pensando em atividades pros professores aplicar em sala de aula. Nada demais, nada complicado, nada que exigia um passado dançante. E acreditem se quizer: houve pessoas que resistiram a participar! E me respondem, não é contraditório todo o discurso do ensino da arte, que coloquei bem no início, sendo que essas pessoas não se permitem para conhecer o novo?

Tudo bem... devemos respeitar, mas falar durante a oficina, rir, e ficar criticando... isso é mais que falta de respeito, é falta de ética. Por isso que nossa educação tá como está! (claro que não é somente isso) Mas é muito papo e pouca ação. Tem muito teórico e poucos práticos.

Dança precisa de atuação, convivência, vivência. Precisa de Ação - Reação - Reflexão! Não se aprende só na teoria e se há educadores que pensam que Dançar é Passinho, eles próprios auto limitam, deixo um recado: vão estudar, abrir suas mentes atrasadas.

Na oficina de música também houveram algumas condutas, digamos de alunos infantis, mas a professora ainda deixou eles conduzirem até o final. Mas a nossa e a oficina de artes visuais, fomos bem prejudicadas, por não termos tempo suficientes tivemos que eliminar alguns exercícios. Porque falta eu dizer outra coisa: a falta de organização e planejamento da nossa professora acarretou todo esse estress... também!

Fiquem pasmos, mas quando estávamos pra fechar a reflexão com o grupo (tivemos que correr com as atividades finais, porque pediram), um aluno de música pediu para ensinarmos mais passos e cantigas de cirandas (usamos pra sensibilização), então fomos demonstrar as outras formas, e nesse ínterim a professora foi pedindo pros alunos irem pra outra sala que a oficina de artes visuais já ia começar... e ficamos nós, como bobos, cantano e cirandando!

Pelo AMOR! Isso é atitude de uma profissional, mestrada em arte?! Custava pedir para pararmos e retornarmos na próxima aula a reflexão, e pedir por gentileza que todos fossem para a outra oficina?!

Pode ser... acho que não foi por mal da parte dela, mas nós, professores, condutores, comunicadores, devemos ter cuidados com nossas falas, atitudes, palavras e ações. E respeito e educação é tudo nessa vida!

E que pena que nem TODOS podem DANÇAR! Digo dançar de VERDADE... com a alma, por inteiro... é meus queridos... dançar é pra poucos, e eu valorizo o que faço e estou pronta para os desafios que virão.

Só para finalizar... ficamos felizes para os que participararm, apesar de tudo foram muitos, agradecemos àqueles que se desafiaram para o novo e se interessaram em conhecer um pouco sobre a dança e ficaram conosco até o final. Poderia ter sido diferente, esse post é um desabafo meu (quem me viu, percebeu que fiquei furiosa e não sou esconder emoções quando essas são justas e sinceras), mas no balanço final, tivemos momentos positivos e gratificantes, que com certeza me leva a pensar: Valeu a pena e sempre valerá a pena insistir naquilo em que acredito.

*nooooooooooossa parece final de novela mexicana!! Acho que fui mui dramática =).


4 comentários:

**Gi** disse...

Oi, Zahira!

Não considero um post como um simples desabafo. E, sim, uma importante reflexão para aqueles que lerem pensar um pouco sobre o que é o ensino da arte, quais seus objetivos e como transportar a Ética do discurso para a prática.

Sabemos que as palavras podem ser as mais belas e as mais confortantes e encorajadoras, no papel. Entretanto, no contexto da realidade, elas tomam outras formas, estas nem sempre compatíveis com tudo o que foi falado. Infelizmente, isso não acontece somente no universo da dança e das artes em geral, mas na área da saúde também (tomo esta como exemplo porque é a que mais tive contato) e este fato pode ser desanimador àqueles que lutam para fazer a diferença e o fazem por amor.

Eu também, durante o curso técnico em enfermagem que fiz, ficava horrorizada em me deparar com várias "marmanjas", casadas e com filhos, comportando-se como verdadeiras adolescentes de 13 anos, querendo, inclusive, ter razão até mesmo quando estavam erradas e ainda impôr moral aos outros, inclusive desrespeitando os professores. Por isso mesmo, compreendo sua indignação e concordo plenamente sobre esta falta de educação e respeito que as pessoas, até mesmo com formação em ensino superior, adotam como postura em seu dia-a-dia.

Às vezes, tento entender o porquê isto acontece e a única conclusão à que chego é a respeito de nossa herança cultural e histórica. Mesmo assim, perco-me em meus devaneios...

Um beijo!

Dana el Fareda disse...

oie tudo bem? Eu vivi algo parecido, fui apresentar uma aula de dança para deficientes visuais e o assunto que para mim é de extrema importancia não foi tão levado a sério já que não havia interesse.beijinhus

Janaina disse...

Oi, acho que todo desabafo é bom, pois assim externamos aquilo que nos incomoda e que só servirá para prejudicar nossa saúde. Participei da Oficina, um pouco tímida vou assumir, mas mesmo com todos estes entraves posso lhe garantir que foi maravilhosa, adorei a experiência. Percebi que o grupo havia preparado mais coisas, mas pela falta de tempo e organização, neste ponto concordo com sua colocação referente à postura da professora, não foi possível concluí-las como era pretendido. Mesmo assim valeu a pena.

Simone * Zahira disse...

Oi meninas

OBRIGADA!