sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Ser ou não ser magra?

Bailarina é sinônimo de magreza, leveza, sacrifícios, dedicação e diciplina. Eu mesma quando dançava balé, comia apenas uma maça no dia inteiro. É isso mesmo, num dia inteirinho ficava apenas com uma fruta: neurose total. Era magra, mas fui reprovada no Municipal por ter quadris largos.

Pois é: eu nasci com ossos grandes, largos, coxona, bundona... a típica brasileira. Só gostava do tronco, porque nunca tive barriga e não tenho seio - ai pensava: Por que o restante não é assim também? Me olhava no espelho me achava uma baleia, mesmo estando magra e foi por Deus não ter contraído uma doença grave naquela época.

E agora pergunto: Como vocês se enxergam? Todo mundo que dança precisa ser magra?

Hoje ser magra (o) é ser saudável, antes de mais nada, e claro, é estar nos padrões de beleza. E para ser uma profissional de dança, na minha opinião, é necessário ser magra, sim, precisa estar em forma e com tudo em cima.

E pra dança do ventre? Não mudo a minha opinião, precisamos estar em forma e bem conosco, respeitar nossos limites e nosso corpo. Eu nunca terei um corpo igual a de uma modelo, porém, adoro ele do jeito que é, e me cuido pra não engordar e nem ganhar celulites, estrias e etc.

Porém... a dança do ventre transforma, faz despertar a Mulher verdadeira escondidinha em todas nós, muda nosso corpo e nossa mente, faz com que nos amamos do jeito que somos, e dessa forma, os respeitando, também cuidamos da nossa saúde de forma integral.

Para quem não é profissional, antes de achar as respostas de Ser ou não ser magra? - DANCE!

3 comentários:

**Gi** disse...

Em se tratando do balé profissional, penso que as bailarinas e bailarinos devem ter um rigoroso acompanhamento físico e alimentar. Todos são bem magros, uma vez que, a meu ver, devido à tamanha dedicação ao exercício não há como acumular energia. Entretanto, há uma massa muscular bastante desenvolvida, principalmente nas pernas e coxas.

Baseando nisso, a estética não é contada em primeiro lugar.

Nós, porém, vivemos em um país em que as aparências são prioridade, independente se a técnica e expressão da bailarina são perfeitas ou não. O que vale é a beleza externa, não tanto o conhecimento de modo geral. Sabemos que é assim, infelizmente.

Por isso, prezar por um corpo bonito, não exatamente magro, mas que seja agradável ao público é muito importante e imprescindível, querendo ou não.

Não sou a favor da magreza, aliás não sei de onde tiraram que isso é bonito. Gosto do corpo feminino repleto de curvas, cheio e natural.

Quer um exemplo? Juliana Marconato. Para mim, ela é perfeita, muito, mas muito mais bonita que muitas modelos e atrizes consideradas as mais belas ou sexys do país. Porque ela é natural, ela conserva sua beleza como ela é e ponto.

A dança do ventre devolve a sensualidade à mulher. E sensualidade não é exclusivamente magreza. Priorizar a estética sobre a técnica e as sensações transmitidas ao dançar, na minha opinião, é extrema falta de profissionalismo e competência.

Belly Brechó disse...

Si, vc tocou num dos assuntos mais polêmicos que cercam a dança e que já discutimos várias vezes.

Concordo com vc e hoje procuro dançar sem tantas encanações, mas sabe como é: a luta continua!

Bjos

Luana Mello disse...

Aff, arrasou, bom senso é mesmo um produto em falta!

Parabéns!