quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Aplausos!

Träume
Coreografia: Ismael Guizer
Solista: Ivonice Satie


Meus sinceros aplausos para os apaixonados pela dança, os que dedicaram (e aos que dedicam, hoje) sua vida à ela. O post de hoje é para homenagear Ismael Guizer e Clara Pinto, e também aos desconhecidos que bravamente lutam pela conscientização da dança e do seu ensino.


É que eu ainda estou sensibilizada pelo programa Figuras da Dança, de terça, que foi sobre a vida e obra de Ismael Guizer - resumindo, segurei as lágrimas porque o cara foi f* rs. Lembrei das minhas aulas de Neoclássico com o Armando, um dos dícipulos do Ismael e como a aula dele era mágica. Imaginei como seriam as aulas do Ismael... caramba! Deviam ser verdadeiros acontecimentos!


Ele dizia: para dançar tem que se apaixonar, tem que amar muito, mas precisa também de muita técnica, dedicação e trabalho. Vejo na dança do ventre, muita gente que não se apega a técnica e só na improvisação e expressão...aiaiai... para qualquer expressão artística é preciso ralar muuuuuuito na busca da perfeição das técnicas.


Mas foi isso que me comoveu, essa paixão que ele tinha, a revolução que ele fez na dança paulista naquela época, o eterno aprendiz e o amor que dedicava em seu trabalho. Sou assim, simplesmente amo a dança, as artes, e quando vejo que para algumas pessoas a dança do ventre não tem o mesmo respeito que os outros tipos (por ignorância) fico bem chateada, porque essas pessoas de aparências, não sabem nada sobre o meu esforço, pesquisa e dedicação pra chegar até onde cheguei. Ligam a dança na sensualidade e até sexualidade...fogo!

Clara Pinto: vida dedicada à profissionalização da dança no Pará


Agora a Clara Pinto, foi outra revolucionária, mas não em SP e sim no Pára. Para vocês conhecerem mais sobre ela, vou colar a reportagem do Sebrae sobre seu trabalho. Ela e outros me inspiram para ir em frente nos meus planos, e sei que serão concretizados.

“Havia poucas produções locais e os espetáculos eram de fora do Estado, raros e muito restritos aos membros da alta classe social paraense”
Clara Pinto Nardi


Dança é arte. Arte é vida: a profissionalização da dança no Pará
Estado: Pará

Data: 1973 - 2004

Tema(s): Empreendedorismo Feminino; Mulheres Empreendedoras;

Autor: Silvaneide Guedes Cabral

Este era o cenário da dança em Belém do Pará no início de 1970. Isto significa, em outras palavras, que a dança, talvez pela sua tradição nas cortes da Europa, era vista como algo elitista. Observava-se uma interessante contradição: as pessoas que aplaudiam os espetáculos pouco ou quase nada incentivavam seus filhos a trilharem os caminhos da dança. Naquela época, o usual era que os jovens e adolescentes, principalmente os de mais alta renda, buscassem as profissões tradicionais.


“Os pais daquela época queriam que os filhos fizessem vestibular, fossem médicos, engenheiros, advogados. Dançar não dava status, não dava futuro”, lembra a bailarina que enfrentou muitos desafios para permanecer na arte de ensinar a dança. Clara começou a dançar aos 15 anos. “Eu passei no vestibular para Direito, na Universidade Federal do Pará (UFPA). Bem que tentei seguir o que era normal, cheguei a dar aulas, mas a minha paixão pela dança falou mais alto e acabei me rendendo e me dediquei só às aulas de dança.”


Depois de alguns anos na atividade, os negócios estavam bem, o número de alunos, crescendo, mas uma inquietação perturbava Clara: “Não bastava ensinar a dançar, era preciso ter um método, profissionalizar a atividade em Belém”. Com o método, a dança talvez pudesse ser respeitada, valorizada, era o que acreditava Clara. Consciente do grande desafio, em 1973, a bailarina foi em busca desse objetivo.

3 comentários:

Dana el Fareda disse...

Realmente ver o trabalho sério desses profissionais dá até verginha quando voltamos para a nossa dança do ventre neh, é uma pena que o studio do Ismael fechou. beijinhus

Luciana Arruda disse...

que lindo, adorei saber de tudo isso. beijo!

Ket/ Blair Boo disse...

adorei as informações!

bjos
ket